Revolta do povo nas ruas não melhorou o transporte coletivo Em Belo Horizonte e região metropolitana, reclamações dos usuários do serviço continuam as mesmas, ônibus andam cheios e descumprem os horário

Nem manifestações, nem ocupações de prédios públicos, nem protestos violentos sensibilizaram o poder público a melhorar a qualidade do transporte, uma das principais bandeiras levantadas por milhares de brasileiros que tomaram as ruas do país há quatro meses.

Em Belo Horizonte e região metropolitana, as reclamações dos usuários do serviço continuam as mesmas. Ônibus andam cheios, descumprem os horários e levam uma eternidade para chegar ao destino. Para a maioria, a única conquista foi a redução de centavos nas tarifas.
Dos 34 municípios da Grande BH, apenas Ribeirão das Neves foi beneficiado com a entrega de 60 ônibus novos, na sexta-feira. Vários protestos que resultaram no fechamento da BR-040, um dos acessos à cidade, motivaram até a troca da empresa concessionária.
Na capital, a insatisfação com o serviço reflete a lista de reclamações registradas pela BHTrans. Nos últimos três meses, a média foi de 95 queixas por dia. No trimestre anterior aos protestos, o índice foi de 109 ao dia.
Segundo a autarquia de trânsito, as principais reclamações têm relação com parada do ônibus fora do ponto, descumprimento de horário e mau comportamento de motoristas e cobradores.
Os números são ainda mais significativos nas linhas metropolitanas. Foram 15.504 reclamações somente entre julho e setembro. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), no período foram realizadas 1.532 vistorias, que resultaram em 1.579 multas por irregularidades. Não foram informados dados do trimestre anterior às manifestações de junho.
 
Passagem
Segundo o secretário-geral da Associação de Usuários do Transporte Coletivo (AUTC), Francisco de Assis Maciel, a redução das passagens beneficiou só as empresas. “Elas deixaram de pagar impostos, prejudicando outros setores, como a saúde. Não mudou a lógica do mercado. É preciso priorizar o ônibus, em detrimento do carro, além de melhorar a fiscalização do sistema”, afirma.
Para o membro do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da Assembleia Popular Horizontal (APH), André Veloso, o poder público precisa deixar a população participar da concepção e até da gestão do sistema. “Pelo menos os governos nos escutam mais, mas com resistência. Queremos a ampliação da frota e o fim dos ônibus com motor dianteiro e chassi de caminhão”, diz.
Não é magia
A melhora no transporte não acontece como um passe de mágica, disse o presidente da BHTrans, Ramon Victor. Ele afirma que, antes dos protestos, medidas já vinham sendo adotadas, como a divulgação de informações sobre o sistema no site da autarquia e o treinamento de motoristas. “A fiscalização precisa evoluir, mas tivemos melhorias. Estamos implementando uma gerência de qualidade, que analisará estatísticas para definir onde deve ocorrer reforço de linhas”. As informações são do Hoje em Dia.
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58% não votariam em candidato apoiado pelo ex-presidente, 38% escolheriam nome ligado a Lula e votos de Marina se transferem para Dilma, aponta pesquisa

A exemplo de 2010, o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um ônus para o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. 58% dizem que não votariam no nome apoiado por FHC, contra 12% que escolheriam o político apoiado por ele. O ex-governador de São Paulo José Serra tampouco ajuda: 54% deixariam de votar no candidato ligado a ele, e 15% se inclinariam para o outro lado da balança.
Não é de hoje que as chapas tucanas à Presidência fogem à associação com FHC. Em 2010, o próprio Serra escondeu o ex-presidente ao longo de sua campanha, o que provocou críticas de correligionários. Agora, é a vez do senador mineiro Aécio Neves decidir o que fazer com o legado do governo federal de 1995 a 2002, com a diferença de que desta vez terá a soma negativa do peso do ex-governador paulista.
Do lado do PT, os índices do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não são tão positivos como os registrados há quatro anos, mas ainda representam vantagem ao candidato apoiado por ele. 31% dizem que votariam com certeza no nome ligado ao líder petista, 26% talvez se inclinem neste sentido e 31% não escolheriam o político conectado a Lula.
Outra vantagem para a presidenta Dilma Rousseff, ao menos momentânea, é a trajetória dos votos da ex-senadora Marina Silva. Caso realmente seja a vice na chapa de Eduardo Campos, a ex-ministra do Meio Ambiente beneficia a petista, que herda a maior parte dos votos. 42% dos que declaram apoiar Marina dizem votar em Dilma no novo cenário, contra 21% de Aécio e 15% do governador de Pernambuco e presidente do PSB.
A maior parte dos entrevistados, porém, ainda não sabe que Marina migrou para a sigla de Campos. 52% desconhecem o fato, contra 11% que se dizem mal informados, 23% “mais ou menos” informados e 14% bem informados. 47% não sabem dizer se a ex-senadora agiu mal ao ingressar no PSB, 17% reprovam a decisão e 43% aprovam. Ao mesmo tempo, 38% dizem que o apoio dela ao pernambucano leva o eleitor a não votar nele, ao passo que 11% confirmam a transferência de prestígio.
Quadro geral
Nas simulações divulgadas ontem, Dilma Rousseff venceria as eleições no primeiro turno caso os adversários fossem Aécio e Campos (PSB), com 42% das intenções de voto, contra 21% do mineiro e 15% do pernambucano. Brancos, nulos ou nenhum somam 16%. Outros 7% não sabem em quem votar.
Segundo o Datafolha, nas outras combinações possíveis Dilma seguiria à frente, mas não encerraria a disputa na primeira rodada. O cenário mais complicado, na atual conjuntura, para a presidenta é o que tem Marina Silva pelo PSB e José Serra pelo PSDB. Nesta simulação, que repetiria o quadro de 2010, ela fica com 37%, frente a 28% da ex-ministra do Meio Ambiente e 20% do tucano. As informações são doBrasil Atual.
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Erro de grafia no nome do município de Ribeirão das Neves gera punição

O processo administrativo disciplinar instaurado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) para apurar as responsabilidades no erro de grafia do nome do município de Ribeirão das Neves, em edição do Diário Oficial Minas Gerais, foi concluído. O nome do município foi incorretamente grafado em ato publicado na edição do dia 07 de setembro. O erro ocorreu na Superintendência Regional de Ensino Metropolitana C, responsável pela administração das escolas estaduais de Ribeirão das Neves. Em coletiva de imprensa concedida nesta sexta-feira, na Cidade Administrativa, a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, explicou as medidas que foram aplicadas.

A Secretaria de Educação aplicou punições a servidores envolvidos no processo de elaboração e distribuição dos atos encaminhados ao Diário Oficial do Estado de Minas Gerais. Foram aplicadas duas punições, previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais: uma suspensão sem vencimentos por 15 dias e uma repreensão. Além disso, foram aplicadas duas advertências, que são medidas pedagógicas com intuito de aperfeiçoar a conduta do servidor no ambiente de trabalho.

“Com os graus de responsabilidade sobre o que foi possível apurar dentro da lei e com respeito à justiça, nós estamos aplicando as medidas que o estatuto nos permite aplicar. Houve um ato leviano, irresponsável, inaceitável, intolerável de alguém que é um servidor público e jamais poderia ter feito isso. A gente tem que ter rigor para apurar e rigor para punir, mas as punições têm que seguir a legislação”, afirmou a secretária Ana Lúcia, durante a coletiva.

Das penas aplicadas, a suspensão é a mais severa, pois implica que o servidor fique afastado de suas funções por um período de 15 dias, sem que possa receber remuneração. A pena de repreensão não implica suspensão das atividades, mas fica registrada na ficha funcional do servidor e serve de agravante para o caso de futuras punições. Reincidência em falta já punida com repreensão, por exemplo, acarreta em suspensão. Ambas as punições permanecem registradas pelo período de dois anos na ficha funcional. Já as advertências são formalmente feitas aos servidores pela SEE. A reincidência leva a outras penalidades.

Para avaliar os equipamentos utilizados no processo de produção e envio dos atos ao Diário Oficial de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Educação solicitou o apoio de especialistas em Segurança de Sistemas de Tecnologia da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Logo após tomar conhecimento do erro, a Secretaria recolheu, para análise, o equipamento utilizado como servidor de arquivos de rede na Metropolitana C.

Durante o trabalho, os especialistas examinaram todos os aspectos da infraestrutura de Tecnologia da Informação, como equipamentos e softwares, recursos tecnológicos, dados históricos armazenados e desenvolveram procedimentos computacionais de análise. A partir da análise foi possível determinar as máquinas que tiveram acesso à pasta na qual os atos são registrados.

A Secretaria de Educação implantou melhorias na segurança informacional da Metropolitana C. Foram adotadas medidas de controle do acesso e validação dos documentos que são enviados ao Diário Oficial, assim como a atualização do sistema operacional utilizado no servidor da Superintendência. Medidas semelhantes estão sendo implantadas em todo o sistema.

“Naquela Superintendência havia falha de segurança e percebemos que em mais três superintendências não estavam sendo usadas senhas no setor de atos e estamos corrigindo imediatamente. Além disso, fizemos uma revisão completa em procedimentos de segurança e reiteramos orientações de segurança e de rigor na tramitação dos atos”, complementou a secretária.

Agência Minas

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Presidiário cria máscara com rosto de agente penitenciário para tentar fugir

Um detento que cumpre pena por assalto no Presídio Padrão de Santa Rita, em João Pessoa, na Paraíba, confeccionou, com restos de sabão neutro e sabonete, uma máscara que retrata exatamente o rosto de um dos agentes da penitenciária.

O agente que teve o rosto copiado não quis ser identificado

As informações são da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seape), que após uma operação pente fino, fez uma busca em todas as celas na última terça-feira e encontrou o artefato. Segundo o secretário Walber Virgolino, eles receberam denúncias anônimas sobre um plano de fuga e por isso decidiram realizar a ação.

O agente que teve o rosto copiado não quis ser identificado, mas o próprio secretário confirmou que os traços são bastante semelhantes. Já o detento, negou a tentativa de fuga e disse que a máscara era uma homenagem ao agente.

Para Virgolino, o episódio precisa ser investigado e, caso seja confirmado o plano de fuga, o presidiário deve ser responsabilizado pelo crime. Ele afirma, no entanto, que pelas habilidades apresentadas, o detento poderá cursar aulas de artesanato, de modo a aperfeiçoar sua vocação e, quem sabe, encontrar uma profissão no futuro.

 

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Lula e Temer neutralizam ala tucana do PMDB mineiro Filiação de Josué Gomes isola grupo comandado por Saraiva Felipe, presidente do PMDB de Minas, atrelado ao projeto político de Aécio Neves

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Desde 2008 a grande preocupação das principais lideranças nacionais do PMDB, vinha sendo a grande influência do ex-governador, hoje senador, Aécio Neves sobre as decisões do PMDB mineiro através do grupo político liderado pelo atual presidente da legenda no Estado, deputado federal Saraiva Felipe.

Fontes do PMDB nacional denunciam que o grupo já ensaiava uma dissidência no Estado no intuito de inviabilizar em 2014 a aliança com o PT, ou senão condicionar à indicação de um candidato a vice na chapa de Pimentel que tivesse as benções de Aécio Neves.

Fato que já ocorrera em 2012 quando Aécio Neves vetou o nome do deputado estadual Sávio Souza Cruz para ser vice de Patrus Ananias na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. Outra estratégia do grupo seria apoiar a candidatura de Clésio Andrade ao governo de Minas, no intuito de dividir votos, levando a eleição para o segundo turno, ocasião que o PMDB apoiaria o candidato do PSDB.
Após reunião de Michel Temer com Lula, resolveu-se adotar uma decisão que ao mesmo tempo em que neutraliza a influência de Aécio Neves sobre o PMDB mineiro através de Saraiva Felipe, apresenta-se um nome inquestionável para compor a chapa com Pimentel, que desde a candidatura de Márcio Lacerda em 2008 tornara-se defensor da aliança com Aécio Neves.
Com a filiação de Josué Gomes ao PMDB em cerimônia que contou com a participação das principais lideranças nacionais e estaduais do partido, e com a presença do ex-presidente Lula, colocou-se um ponto final a mais de uma década de prática adesista do PMDB mineiro ao PSDB.
Por motivos óbvios a ala do PMDB liderada por Saraiva Felipe e do PT ligada a Pimentel que sempre defendeu a aliança com o PSDB, nos últimos dias mostraram sua insatisfação com a filiação de Josué Gomes, mas foram surpreendidos com a apresentação de um relatório detalhado contendo todas as articulações que estavam em andamento pro PSDB.
Lula cansado do jogo rasteiro teria mandado um recado aos insatisfeitos do PT; “Vão chorar na cama que é lugar quente”.
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Mensalão tucano começa a ser julgado!

Mensalão tucano começa a ser julgado! Justiça começa a ser feita! O Jornal Nacional destacou em sua edição de quinta-feira, 26/09, a condenação de Nélio Brant Magalhães, ex-diretor do Banco Rural, um dos envolvidos no escândalo que ficou conhecido como valerioduto tucano. Ele foi condenado a nove anos e nove meses de prisão e multa de quase R$ 1 milhão. De acordo com a denúncia do Ministério Público, em 1998, foi montando um esquema de desvio de dinheiro público em Minas Gerais para financiar a campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo, do PSDB. Clique aqui para ver a notícia A Justiça Federal em Minas ainda vai julgar outros acusados no mesmo escândalo. Dois réus têm foro privilegiado, o deputado tucano Eduardo Azeredo e o senador Clézio Andrade, do PMDB, estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Entenda o que foi o Mensalão Tucano Aécio recebeu, na época, R$ 110.000,00 para a sua campanha à Câmara dos Deputados! (Veja documento abaixo) Clique aqui e leia o inquérito oficial da Polícia Federal para saber como foi o esquema Tags: Aécio Neves, ALMG, deputado estadual, mensalão tucano, Movimento Minas sem Censura, Partido dos Trabalhadores, Política, PT, Rogério Correia

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NOTICIA do MPF

10/09/2013

MPF investiga cancelamento de voos e aumento no valor de passagens aéreas em Uberaba/MG

A única empresa que opera no aeroporto da cidade, Azul Trip, vem alterando os serviços, com possíveis prejuízos aos consumidores

10/09/2013

MPF recorre para aumentar pena imposta a ex-prefeito de Montalvânia/MG

Ele foi condenado pelo crime de peculato-desvio praticado na execução irregular de verbas destinadas à educação

09/09/2013

Justiça bloqueia bens de prefeito por desvio de verba do Ministério do Turismo

Na execução de dois convênios para realização de eventos festivos, o atual prefeito de Virgolândia teria contribuído para o desvio de quantia superior a 200 mil reais

06/09/2013

Prorrogadas inscrições para o concurso de estagiários do MPF

Há vagas para estudantes de Direito em 14 municípios mineiros, e em BH, também para Administração, Arquitetura, Biblioteconomia, Contabilidade, Engenharia Civil e Tecnologia da Informação

06/09/2013

Justiça Federal decreta prisão de ex-prefeito de Coração de Jesus/MG

Em 2012, Antônio Cordeiro de Faria chegou a utilizar uma tornozeleira eletrônica por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região

04/09/2013

MPF facilita o acesso a informações de seus processos

Ferramenta lançada este ano permite a consulta da situação atual dos feitos judiciais e extrajudiciais e até de documentos administrativos

04/09/2013

Justiça suspende direitos políticos de ex-prefeito de Porteirinha/MG

Juracy Freire Martins foi condenado por improbidade administrativa em ação movida pelo MPF

04/09/2013

MPF oficia à ANAC e Infraero para que fiscalizem cumprimento de decisão judicial

Empresas aéreas TAM e Azul também são notificadas a informar se estão cumprindo a lei que concede passe livre a pessoas com deficiência

03/09/2013

Ex-prefeito de Lagoa dos Patos é novamente denunciado pelo MPF

Warmillon Fonseca Braga é acusado de desvio de verbas federais da Saúde. Ele já responde a outras ações penais e de improbidade administrativa

03/09/2013

Configurado crime de mando na primeira etapa do julgamento da Chacina de Unaí

Tribunal do Júri federal condenou os três réus acusados pelo MPF de serem os executores dos homicídios

03/09/2013

Mineradora vai compensar danos causados ao patrimônio público

A empresa, investigada por transporte de carga com excesso de peso, comprometeu-se a doar um veículo e 123 tablets, que serão usados pelas Polícias Rodoviária Militar e Federal em suas atividades de fiscalização

02/09/2013

Inscrições abertas para seleção de estagiários do MPF em 14 municípios mineiros

Nesses locais, estão sendo oferecidas vagas para estudantes de Direito. Em BH, também há vagas em Administração, Arquitetura, Biblioteconomia, Contabilidade, Engenharia Civil e Tecnologia da Informação.

30/08/2013

UFTM não deve exigir experiência em concurso para cargos de assistente e auxiliar

Recomendação do MPF sustenta que as atribuições desses cargos não demandam conhecimentos específicos

29/08/2013

MPF quer fim da cobrança de corretagem na venda direta de imóveis pela Caixa

Consumidor é obrigado a pagar por um serviço que não utiliza. Prática também configuraria venda casada, que é proibida pela legislação brasileira

29/08/2013

MPF recorre de sentença que condenou paraguaios por tráfico internacional

Eles foram presos em fevereiro deste ano com mais de 100 kg de cocaína e grande quantidade de armas e munições de uso restrito

28/08/2013

Tribunal federal determina a realização de novas perícias na área da Usina de Irapé

Decisão cassa sentença da Justiça Federal em Minas Gerais que extinguiu ação de execução proposta pelo MPF contra a Cemig por descumprimento de acordo judicial

28/08/2013

Ação pede que acordos de alimentos firmados pelo MP sejam aceitos pela Receita Federal

Autarquia nega-se a receber os instrumentos como documentação hábil a comprovar despesas dedutíveis no Imposto de Renda

28/08/2013

Em Uberaba/MG, Cemig cumpre acordo e ajuíza 15 ações de reintegração de posse

Objetivo é desocupar as áreas invadidas no entorno dos reservatórios das hidrelétricas de Volta Grande e Jaguará, no Triângulo Mineiro

27/08/2013

TCU determina que UFJF atue para coibir desrespeito ao regime de dedicação exclusiva

Decisão baseou-se no caso de um professor que exercia o regime de DE e ao mesmo tempo era sócio-proprietário de cursinho pré-universitário

23/08/2013

Chacina de Unaí: Marcada data do julgamento de mais quatro réus

Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Carvalho e Humberto Ribeiro irão a júri no dia 17 de setembro

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Pesquisa mostra que 62% não têm simpatia pelo PT, PSDB, PMDB ou PV Consulta Vox Populi / CartaCapital mostra antipatia partidária: PT tem 24% de aceitação entre os entrevistados, enquanto o PSDB tem apenas 7%

Agência Brasil

Em meio ao debate sobre a criação de novos partidos políticos no Brasil, uma pesquisa feita em parceria entre o instituto Vox Populi e a revista CartaCapital mostra que a maior parte dos brasileiros não nutre simpatia pelas principais legendas do País. Quando perguntado se simpatizam com PT, PSDB, PMDB ou PV, 62% dos entrevistados disseram que não.
Fora desse grupo, o Partido dos Trabalhadores é o que tem a maior porcentagem de aceitação (24%), seguido pelo PSDB (7%), PMDB (3%) e PV (1%). Outros 4% manifestaram preferência por outros partidos.
No universo oposto, no qual os entrevistados apontaram qual a legenda pela qual não simpatizam, o PT também é líder: 10%. A segunda maior rejeição fica com o PSDB (5%), seguida por DEM e PV (1% cada). Cerca de 78% dos participantes da consulta, no entanto, disseram não ter antipatia por qualquer partido.
Além da preferência partidária da população, a pesquisa mostra a presidenta Dilma Rousseff como favorita entre os brasileiros em uma disputa presidencial. De forma espontânea, 24% dos entrevistados disseram que votariam em Dilma se a eleição fosse hoje, enquanto 10% votariam no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 4% em Aécio Neves (PSDB), 2% em José Serra (PSDB), 1% em Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e 1% em Eduardo Campos (PSB). Cerca de 8% dos entrevistados disseram que votariam branco ou nulo e 48% não souberam responder.
Em um cenário composto por Dilma, Marina, Aécio e Campos, a presidenta conseguiria 51% dos votos se disputasse hoje, enquanto Marina e Aécio teriam 14% cada um, e Campos, 3%.
Vale lembrar que a primeira rodada da pesquisa Vox Populi / Carta Capital foi feita antes dos protestos que tomaram diferentes cidades do País contra a tarifa do transporte público nos últimos dias.
Para o levantamento, realizado entre os dias 07 e 11 de junho de 2013, foram entrevistados 2.200 eleitores maiores de 16 anos em áreas urbanas e rurais de 207 municípios, em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2,1 pontos para mais ou para menos.
A consulta feita em parceria será realizada, em média, de dois em dois meses, o que permitirá análises comparativas com base em uma mesma pesquisa.
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Manifestações marcadas em 172 cidades no sete de Setembro No Distrito Federal, Polícia Militar diz que prenderá mascarados, nas redes sociais, ao menos 400 mil pessoas confirmaram participação nos atos

Depois da onda de protestos de julho e julho e em pleno julgamento dos recursos do mensalão, o Brasil chega, neste sábado (7), ao Dia da Independência com protestos marcados em, pelo menos, 172 cidades. Batizada de Operação 7 de Setembro, a série de atos é apoiada por diversos grupos que se dizem ligados ao Anonymous e por organizações como o Brasil Contra a Corrupção.

Nas redes sociais, pelo menos 400 mil pessoas confirmaram participação nos atos. No site que agrega todas as cidades participantes, os organizadores, que afirmam ser “suprapartidários”, divulgam as seis pautas principais da manifestação, escolhidas, segundo eles, numa votação que mobilizou 26 mil eleitores: prisão imediata dos envolvidos no mensalão, fim do voto obrigatório, aprovação e cumprimento do Plano Nacional de Educação, redução de deputados e representantes, reforma tributária e aprovação e cumprimento da Lei de Combate à Corrupção.

Nos comentários e postagens de simpatizantes do movimento no Facebook, é possível perceber uma variada gama de posições ideológicas. Enquanto alguns defendem a tática dos black blocs, grupo de mascarados que participam dos protestos, outros pedem uma “intervenção militar” no país.
A grande diversidade política dos manifestantes fez com que a organização do protesto fosse acusada, ao mesmo tempo, de atender a interesses políticos de esquerda e de direita.
Professor de Ciências Sociais da PUC-Rio, Luiz Werneck Viana diz acreditar que a exclusão dos jovens dos processos de participação política causa essa dispersão de objetivos e o variado espectro político de reivindicações:
“São pautas complexas e sem foco. Pelo visto, os protestos continuam com a mesma postura das jornadas de junho. As décadas que a juventude ficou marginalizada na política estão cobrando seu preço agora. Os manifestantes lutam por temas anacrônicos e difusos. Tudo isso é sinal de exclusão deles da vida política”.
No Rio, cerca de 18 mil pessoas confirmaram, via Facebook, presença no protesto, que está marcado para começar às 7h30m na Cinelândia.
No Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública estima uma adesão de 50 mil manifestantes. Além do desfile do Dia da Independência, outra preocupação é com o amistoso entre Brasil e Austrália. O comando da PM do DF avisa que prenderá todos os mascarados. O mesmo ocorrerá em Pernambuco. No Rio, máscaras estão permitidas, mas a PM poderá pedir aos manifestantes que descubram o rosto e se identifiquem. Se o policial quiser, pode encaminhar suspeitos para a delegacia.
“Nós não queremos ver se repetir no DF o que nós temos visto em outras unidades da federação. Vamos agir com rigor para que aquelas pessoas que não querem se divertir sejam detidas. Qualquer um que sair da norma se transforma num contraventor e será preso. Mascarados vão ser detidos” alerta o comandante geral da Polícia Militar do DF, Jooziel de Melo Freire.
“Temos a informação de que, entre manifestantes de bem, pessoas vão se infiltrar para promover atos de vandalismo e violência. Há a informação de que há, inclusive, pessoas vindo de outros estados para cá” diz o secretário de segurança pública, Sandro Avelar.
Confronto com a PM no DF
Nesta quinta-feira, um grupo de cerca de dez manifestantes mascarados entrou em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso. O grupo está acampado no local e reagiu ao ser abordado por policiais. Eles tiveram que tirar as máscaras e apresentar documento de identificação. As informações são do O Glob
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A Justiça decretou nesta terça (3) a prisão de ex-integrantes da cúpula do Banco Nacional, que sofreu intervenção do Banco Central na década de 1990

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Foram recolhidos às celas, no Rio, o ex-presidente do banco Marcos Magalhães Pinto, o executivo Arnoldo Oliveira, e o ex-contador Clarimundo Santana. Eles estão na sede da Polícia Federal, no Rio. Os três foram condenados por gestão fraudulenta.

Eles já tinham sido presos em 2002, por causa do mesmo processo, mas seus advogados conseguiram reverter a decisão no STF (Supremo Tribunal Federal).

Desta vez, recursos da defesa foram recusados tanto pelo TRF (Tribunal Regional Federal) do Rio quanto pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF, o que levou o juiz a pedir a prisão.
O advogado Nélio Machado diz que ainda faltam recursos para serem julgados e por isso ele tentará obter na Justiça a libertação dos executivos.
“Evidentemente eu vou tentar reverter esse mal maior. Nenhuma condenação está transitada em julgado e o Supremo entende que ninguém pode ser preso antes disso”, afirma ele.
Há notícias de que outros mandados de prisão estão sendo executados ainda nesta terça-feira (3).  As informações são da Folha.
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Casal de idosos é preso suspeito de tráfico de drogas em Ribeirão das Neves

VINÍCIUS LACERDA

Um casal foi preso nesta segunda-feira (2), no bairro Santa Matilde, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo informações da Polícia Militar (PM), José Carlos Vicente dos Santos e Oraci Oliveira, ambos de 59 anos, são casados.

Ainda de acordo com informações da PM, por meio de uma denúncia anônima, militares chegaram à casa do casal. Foram apreendidos na residência 22 papelotes de cocaína, 53 pedras de crack, 56 buchas de maconha e R$ 219 em dinheiro. O casal alegou que vendia as drogas para sobreviver.

De acordo com a corporação, a mulher assustou-se ao ver a PM na casa e impediu a entrada. Depois, permitiu que a casa fosse revistada. O homem tem passagem pela polícia por ter cometido homicídio, porém já havia cumprido a pena.

Ambos foram encaminhados para 2° Distrito Policial de Ribeirão das Neves

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Médicos brasileiros mercenários vaiam chegada de médicos cubanos para atenderem povo pobre

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Médico cubano negro sendo hostilizado por médicos brasileiros em Fortaleza/CE. Fortaleza (CE) – Os 96 médicos, sendo 79 cubanos, que desembarcaram no Ceará para fazer o curso de formação de três semanas foram hostilizados e xingados na saída da Escola de Saúde Pública, logo após a solenidade de Acolhimento, na noite desta segunda, 26. Um grupo de cerca de 50 médicos esperavam os estrangeiros vaiando, gritando e xingando os profissionais de escravos do lado de fora do prédio. Ao ouvirem os gritos, os médicos cubanos passaram 40 minutos pensando em uma alternativa de sair da Escola Pública sem passar pela barreira de manifestantes, mas não houve outra solução. Cerca de 5 carros da PM estavam ao lado de fora. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes, os manifestantes não são contra a vinda dos médicos, mas contra o fato de esses profissionais não fazerem revalida. Nota da redação do tribunadebarras.com O perfil dos médicos cubanos é o seguinte: em geral, eles têm mais de uma década de formados, passaram por missões em outros países, fizeram residência, parte deles ( 20%) cursaram mestrado e 40% obtiveram mais que uma especialização. Para quem está preocupado com o cidadão e não apenas com a corporação, a pergunta essencial é: essa formação é suficiente? Aproveitamos essa pergunta para apontar o que vemos como uma absurda incoerência – uma incoerência pouca conhecida da população – de dirigentes de associações médicas. Um dos dirigentes, aliás, disse publicamente que um médico brasileiro não deveria prestar socorro (veja só) se um paciente for vítima de um médico estrangeiro. Deixa morrer. Bela ética. Provas têm demonstrado que uma boa parte dos alunos formados nos cursos de medicina no Brasil não está apta a exercer a profissão. Não vamos aqui discutir de quem é a culpa, se da escola ou do aluno. Até porque para a eventual vítima tanto faz. Mesmo sendo reprovados nos testes, os estudantes ganham autorização para trabalhar. Por que essas mesmas associações, tão furiosas em atacar médicos estrangeiros, não fazem barulho para denunciar alunos comprovadamente despreparados? A resposta encontra-se na moléstia do corporativismo. Se os brasileiros querem tanto essas vagas por que não se candidataram? Será que preferem que o pobre se dane apenas para que um outro médico não possa trabalhar? Sinceramente, sentimos vergonha por médicos que agem colocando a vida de um paciente abaixo de seus interesses.

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Daniela Mercury em Teresina: “religião não é lei, Deus não tem sexo e Jesus não deixou e nem tem igreja”..

Bem à vontade, simpática e brincando com as adversidades, a cantora Daniela Mercury falou com a imprensa na tarde deste sábado no Luxor Hotel. Ela conta que desde de abril quando assumiu sua homossexualidade a recepção do público tem lhe surpreendido.
Fotos: Yala Sena
“Somente 1% é indelicado, hostiliza no Twitter, mas são tão ignorantes, a gente percebe por que não escrevem três palavras correta”, disse a cantora que está no Piauí para participar neste sábado do Festival da Rabeca e no domingo fará show na Parada da Diversidade na avenida Raul Lopes.
“Somente 1% é indelicado, hostiliza no Twitter, mas são tão ignorantes, a gente percebe por que não escrevem três palavras correta”, disse a cantora que está no Piauí para participar neste sábado do Festival da Rabeca e no domingo fará show na Parada da Diversidade na avenida Raul Lopes.
Ela criticou as religiões e disse que até o Papa está mais “flexível”. “As religiões não são leis, são religiões, são crenças. Mas, o que rege nosso País são cartas magnas chamadas Constituições e é nisso que me pauto. Não sou obrigada a acatar os dogmas de nenhuma religião. Deus não tem sexo e Jesus não deixou e nem tem igreja”.
“Eu sou da diversidade, do mundo. Sempre fui militante social, fui embaixadora da ONU. Sempre fui transgressora”, disse a cantora que ainda brincou com sua música: o “canto da cidade”, agora é o “canto da diversidade”, disse rindo.
Ela defendeu que as pessoas que são vítimas de violência e preconceito devido a sua orientação sexual devem buscar seus direitos. “Não temos leis específica contra o crime de homofobia como tem o racismo, mas temos a Constituição Federal, a Carta Universal dos Direitos Humanos e isso nos dar direito de denunciar na delegacia, na justiça”.
Cura Gay
Sua reação é imediata quando o assunto é cura gay, projeto de lei  aprovada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Para ela, a proposta é um oportunismo político. “A cura gay foi feito para polemizar, para os deputados envolvidos nisso ganharem divulgação e quem sabe conseguiram mais um pouco de votos das pessoas ignorantes que não compreendem o que significa isso. É um absurdo e um atraso tamanho. O que ele queria ele conseguiu. Não sei se foi para o bem ou para o mal. Espero que ele não tenha ganhado mais eleitores. É um escalabro, um absurdo e oportunismo político”.
Veja o que ela postou nas redes sociais:
(*) Yala Sena, Cidade Verde, portal parceiro do Tribuna de Barras
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TJMG anula ação contra Aécio na área de saúde

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato do PSDB à presidência da República em 2014, já não precisará mais se preocupar com questões judiciais daqui até a eleição.

Duas semanas atrás, a procuradoria-geral da República arquivou uma representação apresentada por adversários políticos, que questionava seu patrimônio pessoal. Ontem, Aécio teve mais uma vitória, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais arquivou, por unanimidade, uma ação judicial que apontava supostos desvios de R$ 4,3 bilhões na área da saúde, no tempo em que ele foi governador de Minas Gerais (2003-2008).

Na decisão, os desembargadores do TJMG chegaram até a questionar as motivações da procuradora que apresentou a ação, uma vez que o caso de Minas foi semelhante ao de vários outros estados. Na prática, o que se questionava era se recursos aplicados em saneamento poderiam ou não ser enquadrados como investimentos em saúde e os juízes entenderam que sim, concluindo, portanto, que não teria havido desvios.
Até antes dessa decisão, a pendência judicial alimentou uma intensa guerrilha de informações na internet. Setores mais próximos ao PT disseminavam a informação de que Aécio teria desviado R$ 4,3 bilhões da saúde, em proveito pessoal. O PSDB, por sua vez, acusava o PT de utilizar a ação para patrocinar uma campanha difamatória contra Aécio na internet. Depois da decisão de ontem, o caso tende a murchar também nos meios digitais. As informações são doBrasil247.
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Presidente da Siemens no Brasil, o engenheiro Paulo Ricardo Stark, depôs, na PF em São Paulo, no inquérito que apura o cartel de multinacionais

Agência Estado

Stark alegou que os fatos citados no acordo de leniência firmado em 22 de maio no âmbito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) teriam ocorrido antes de sua posse na cadeira principal da Siemens, em outubro de 2011. Segundo o executivo, a empresa forneceu ao órgão federal todas as informações de que dispunha sobre o caso.

Acompanhado de integrantes de uma banca de advocacia, Stark ponderou à PF que não é leniente, ou seja, não integra o rol de executivos do conglomerado industrial alemão que se dispuseram a colaborar com as investigações das autoridades brasileiras em troca dos benefícios legais que os livrariam de sanções judiciais.

Quatro cidadãos brasileiros (Everton Rheinheimer, Nelson Branco Marchetti, Newton José Leme Duarte e Peter Andreas Gölitz) e dois alemães (Daniel Mischa Leibold e Jan-Malte Hans Jochen Orthmann) são signatários do pacto, além da própria Siemens no Brasil e sua matriz na Alemanha.
O cartel teria operado entre 1998 e 2008 em gestões de governos do PSDB em São Paulo e no Distrito Federal. Segundo os delatores, as violações consistiram em “discussões e reuniões sobre projetos de metrô, trens e sistemas auxiliares com o objetivo de trocar informações e acordar preços a serem cotados”.
Vinte empresas citadas como participantes de “diversos contatos e acordos anticompetitivos em licitações” estão sob investigação de inquérito administrativo do Cade e de procedimentos do Ministério Público Estadual e da Procuradoria da República. “Essas empresas costumavam se organizar em consórcios”, assinalam os lenientes.
Provas
Os denunciantes concordaram em apontar “todos os fatos e provas relevantes e auxiliar na investigação da infração à ordem econômica, com efeitos no território brasileiro, relativa à conduta anticompetitiva envolvendo projetos de metrô e/ou trens e sistemas auxiliares com o objetivo de obter os benefícios”.
Paulo Ricardo Stark, com passagens pela sede e pela filial da Siemens no México, assumiu a presidência da multinacional alemã no Brasil após a saída de Adilson Primo, que caiu há dois anos sob suspeita de desvio de recursos da companhia e remessas para uma conta no paraíso fiscal de Luxemburgo.
À PF, Stark compareceu na condição de testemunha, não de investigado. Reiterou que não tinha muito o que declarar ou colaborar com a investigação e que não pode responder pelas pessoas que supostamente praticaram os atos mencionados. Auditoria. O presidente da Siemens no Brasil afirmou à PF que a companhia continua conduzindo investigações internas e que os resultados dessa auditoria serão reportados ao Ministério Público Federal, ao Cade e à própria PF
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Parte II: Caso Renova. Aécio tenta apagar rastro de R$4.5 bilhões

Marco Aurélio Carone

Diante do escândalo do Cartel Alstom/Siemens, começa a naufragar o projeto megalomaníaco de Poder desenvolvido pelo grupo de Aécio Neves que não encontrou limite de atuação na área de energia, ao utilizar-se do Patrimônio Público do Estado de Minas Gerais para elegê-lo presidente da República em 2014.

Alstom e Siemens, réus confessos no escândalo do Metrô e transporte sobre trilhos em São Paulo, tradicionais e principais financiadoras do PSDB paulista, cooptadas através de seus ex-dirigentes a integrar o projeto político de Aécio Neves através do esquema montado pela CEMIG, estão sendo vasculhadas pelo CADE e Ministério Público.

Evidente que se encontra na CEMIG as maiores irregularidades envolvendo a prática de Cartel, porém a cooptação dos dirigentes das multinacionais visando evitar maiores fiscalizações ocorreram através de tentáculos no denominado “Burgo dos Neves”, formado por empresas subsidiarias integrais da CEMIG e da Light.
Diante do vazamento seletivo de participação apenas no esquema de corrupção montado na área de transporte sobre trilhos pela Alstom/Siemens em São Paulo e DF, o governador paulista Geraldo Alkimin e o ex José Serra, cientes da armadilha e contrariados com o abandono dos companheiros do PSDB nacional mandou um recado direto a Aécio Neves ao informar que o Cartel não atuou só em São Paulo, no Metrô, sua atuação estendeu-se também para as empresas de energia de diversos Estados, recomendando que sejam também elas investigadas.
Na matéria, “Parte I: Cartel Siemens/Alstom nasceu em Minas Gerais”, abordamos a até então pouco explicável indicação pelo ex-governador hoje senador Aécio Neves do ex-presidente da Alstom José Luiz Alquéres, investigado pela prática de Cartel pelo CADE, para presidir a Light, empresa adquirida pela CEMIG.
Repetindo á prática adotada na CEMIG, foi através da Light, para evitar rastro, que Aécio promoveu uma série de aquisições, sendo uma delas a empresa Renova especializada em energia eólica. Como em relação a outras empresas, através da Renova alianças e acordos comerciais foram celebrados apenas no intuito de gerar caixa para sua campanha, poder na política e economia dos demais Estados da Federação e a “boa vontade” das grandes corporações multinacionais.
Novojornal noticiou o fato em dezembro de 2012 na matéria; “CEMIG: Consumidor mineiro financia “Império da Energia”, mostrando que a CEMIG vinha há anos criando empresas denominadas subsidiarias integrais utilizando seu crédito, receita e patrimônio sem levar em conta os riscos e a viabilidade econômica das mesmas.
Anteriormente em julho de 2012 o Governo de Minas anunciava; “com investimento de R$ 1,2 bilhão fora inaugurado, no Sudoeste da Bahia, o Complexo Eólico Alto Sertão I, um empreendimento da Renova Energia, empresa do Grupo Cemig especializada na geração de energia renovável. Considerado o maior do gênero na América Latina, o complexo eólico irá gerar 294 MW de energia, o que representa um incremento de 29,4% na matriz eólica do país, atualmente na ordem de 1 GW.
 
Localizado nos municípios baianos de Caetité, Guanambi e Igaporã é composto por 14 parques, que tiveram sua energia comercializada para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). São 184 aerogeradores de 1,6 MW e cada parque irar gerar até 30 MW. A energia gerada pelo Complexo Alto Sertão I é suficiente para garantir o consumo de uma cidade com 540 mil residências ou cerca de 2,16 milhões de habitantes, considerando quatro pessoas por residência”.
Ao mesmo tempo que em julho de 2012  o Governo de Minas anunciava o investimento de R$ 1,2 bilhão na Renova, o jornal “Brasil Econômico” noticiava;
“Uma das principais parcerias do setor energético no Brasil foi anunciada nesta quarta-feira pela Renova Energia e a francesa Alstom. As companhias assinaram a carta de intenções durante evento para clientes e fornecedores em São Paulo”. 
 
“A parceria consolida a nossa posição de liderança nesse segmento e vai gerar desenvolvimento para a região, disse ao Brasil Econômico, Marcos Costa, presidente da Alstom Brasil e vice-presidente de Global Power Sales na América Latina”.
 
“Jerôme Pécresse, presidente mundial do setor de energias renováveis da Alstom, afirmou que a parceria coloca a companhia em uma posição diferenciada no mercado de energia na América Latina. “Esta é uma parceria ambiciosa, o maior acordo onshore da Alstom para a área eólica mundialmente. Nossa intenção é que seja um relacionamento duradouro.” 
 
“A previsão é de que os aerogeradores comecem a ser entregues a partir de 2015, processo previsto para ser concluído entre três e quatro anos. Para a Renova, a parceria trará vantagens competitivas e financeiras, já que os geradores da Alstom sairão da fábrica a alguns quilômetros dali, o que significa menor custo com logística, maior rapidez na entrega e na manutenção”.
Em fevereiro de 2013 a revista “Veja” noticiou: “Renova fecha acordo de € 1 bi com Alstom e faz aposta alta em eólicas”. A matéria informava ainda que; “mesmo sem linhas de transmissão suficientes para fazer com que a energia saia dos parques eólicos, empresa fecha contrato incomum no setor: a compra de maquinário antes mesmo que haja demanda”. 
 
“A notícia não só surpreende pelo volume do investimento (o maior anunciado pela Renova até hoje), que dimensiona o tamanho da aposta da empresa no setor eólico brasileiro, como também é uma prática incomum no mercado de energia, geralmente as empresas só contratam maquinários para atender a demanda já vendida. O acordo com a Alstom contempla também a prestação de serviços de operação e manutenção, mas não impede que, para outros projetos, a Renova contrate outros fornecedores ou que a Alstom venda para outras companhias de energia os maquinários”. 
Á exemplo da ferrovia do Aço, obra bilionária construída no período do Golpe Civil Militar de 1964, sinônimo de desperdício de dinheiro público, o Complexo Eólico Alto Sertão está sendo construído a um custo de R$4,5 bilhões para gerar energia mesmo sem a existência de linhas de transmissão para venda do produzido.
Fontes do mercado de energia já haviam denunciado que a aquisição de parte do capital da Renova ocorrido coincidentemente após a saída de Alqueres da Light, ocasião que recebeu uma indenização de R$ 30 milhões, visou apenas dar a empresa garantias para celebração de financiamentos bilionários inclusive perante o BNDES para compra sem qualquer licitação de equipamentos da francesa Alstom, uma vez que Renova é uma empresa privada.
Até a compra da participação acionaria pela Light os geradores de energia do parque eólico da empresa Renova eram da marca GE sendo substituídos pelos da Alstom, viabilizando a construção de uma fábrica da multinacional francesa em Camaçari na Bahia. Segundo as mesmas fontes a comprovação de que a lucratividade da empresa Renova passou a ser uma questão secundária, para não gerar desconfiança e repercussão, a principal cláusula do acordo de acionistas celebrado entre Renova e Light, foi à retirada de suas ações da Bolsa de Valores.
Diante das investigações e da proporção que ganhou o escândalo do Cartel Alstom/Siemens o grupo de Aécio tenta agora apagar o rastro de R$ 4,5 bilhões criado com garantias do patrimônio público do Estado de Minas Gerais para em tese beneficiar apenas a Alstom.
Documento que fundamenta a matéria:
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A ética da jabuticaba: Siemens e Alstom patrocinam o Ethos

O nosso país não é uma maravilha…

A Siemens e a Alstom, duas campeãs mundiais no pagamento de suborno (cliqueaqui e aqui para ver o currículo global de suborno de cada uma) patrocinam, no Brasil, ninguém menos que o Instituto Ethos, uma organização que tem como objetivo, diz ela, combater “a utilização do tráfico de influência e o oferecimento ou o recebimento de suborno ou propina por parte de qualquer pessoa ou entidade pública ou privada”.

E o Ethos, convidado pelo Governador Geraldo Alckmin, vai integrar a “Comissão Pró-Transparência” do escândalo do metrô e dos trens paulistas superfaturados com a Siemens e a Alstom!

Jabuticabas, por favor!

O vice-presidente do Ethos, Paulo Itacarambi, disse não haver conflito de interesses no fato de ser patrocinado pelas duas empresas. E disse à Folha que recebe ‘apenas” R$ 18 mil e R$ 14 mil ao ano da Alston e da Siemens, respectivamente.

alstomethosNão é verdade.

Só a Siemens destinou US$ 3 milhões para um dos projetos do Ethos, os “Jogos Limpos”. Não foi o Banco Mundial que selecionou os projetos aos quais seria destinado dinheiro das sanções sofridas pela empresa por corrupção. O Banco Mundial apenas acompanha, com direito de veto, a escolha dos programas.

A Alstom também não é uma mera sócia contribuinte. Foi, ao lado da Siemens e de outras empresas, a patrocinadora, pasmemda edição de uma revista sobre responsabilidade das empresas em relação às eleições

Aliás, como organizador do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção, o Ethos também não sabia das condenações da Siemens e da Alstom por distribuírem propina a rodo, mundo afora e das denúncias aqui e convidou as raposas para tomarem conta do galinheiro?

Parece que o pessoal do Ethos é tão desentendido como o Alckmin, que não sabia de nada e se deparou com 45 investigações do Ministério Público Estadual.

A ética da jabuticaba lembra aquela história do mafioso que mandava matar e levava flores ao enterro.

Aqui, roubam e com um trocado deste dinheiro financiam as ONGs da “honestidade”.

E ainda é dedutível no Imposto de Renda!

Por: Fernando Brito
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Parte I: Cartel Siemens/Alstom nasceu em Minas Gerais

Já paira suspeita junto ao PSDB de São Paulo, o fato de até o momento muito pouco ou quase nada foi dito em relação à atuação das empresas Siemens e Alstom em Minas Gerais, uma vez que foi neste Estado e na CEMIG que nasceram em 1995 ainda na gestão de Eduardo Azeredo os primeiros acordos, hoje denominado de “Cartel” entre as duas empresas. Mesmo período que Mário Covas governava São Paulo.

Estamos prestes a presenciar a repetição do ocorrido no Mensalão, onde fatos ocorridos em 2005 foram divulgados pela imprensa e julgados pelo STF antes mesmo do ocorrido em 1998, em Minas Gerais no governo Azeredo conhecido como Mensalão Tucano.

Os paulistas não conseguem percebem a sutileza dos mineiros em preparar o terreno para que em caso de incêndio a porta de saída permaneça sempre aberta, principalmente nas esferas governamentais. E não são somente os paulistas, a maioria dos políticos brasileiros sofre com esta falta de percepção, exemplo disto é Collor, que só foi perceber a conspiração contra seu mandato, conduzida por Itamar Franco, após sua queda.
Os mineiros desde o Império têm sempre na manga uma carta, como agora, enquanto o CADE vaza informações a respeito do ocorrido em São Paulo, os arquivos permanecem fechados em relação aos acontecimentos ocorridos em Minas Gerais, sobre a guarda do Conselheiro da Light, indicado por Aécio Neves, Rutelly Marques da Silva.
A exemplo do ex-procurador de Justiça de Minas Gerais Fernando Antônio Fagundes Reis, Rutelly no mínimo exerce o cargo na concessionária em claro conflito de interesse.  Depois de pesada crítica do MPMG, Fagundes Reis por determinação do CNMP optou pelo cargo na Light.
Rutelly, nascido em 20 de janeiro de 1975 é Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e Mestre em Economia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais. De 2003 a 2008, período que Aécio foi governador de Minas Gerais, exerceu o cargo de Assessor técnico e Coordenador-Geral de Defesa da Concorrência e posteriormente de Coordenador-Geral de Energia da Secretaria de Acompanhamento Econômico, órgão do Ministério da Fazenda. Desde 04/08/2008, vem atuando como secretário adjunto desse mesmo órgão.
Um ex-ministro da República procurado por Novojornal em busca de respostas sobre o persistente envolvimento de diversas autoridades mineiras nos mais recentes esquemas de corrupção concluiu:
“Diante do novo escândalo envolvendo as multinacionais Siemens e Alstom é no mínimo constrangedor ter que admitir que os diversos esquemas de corrupção existentes atualmente no Brasil, nasceram em Minas Gerais após a redemocratização do País em 1983”.
No auge de uma carreira de 35 anos na Siemens. Numa entrevista para um programa de TV no auditório do Ibmec em São Paulo, Adilson Antônio Primo foi apresentado como o CEO que não fez MBA e que nunca foi demitido. Por quê? “Eu acho que a trajetória profissional acaba definindo os rumos que você toma dentro da empresa. Até agora, parece que não foi o rumo errado”, respondeu ele.
Dois anos depois, Primo foi demitido porque, segundo comunicado divulgado pela matriz na Alemanha, “foi descoberta uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional, ocorrida antes de 2007.” A empresa nunca explicou o que quis dizer com “grave contravenção”, mas deixou vazar a informação de que Primo teve seu nome envolvido em um suposto desvio de dinheiro, ocorrido entre 2005 e 2006, que lhe teria rendido 6,5 milhões de euros.
Em 2009, Primo, assumiu o Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo e, na condição de um dos maiores líderes empresariais do Brasil, disse em uma entrevista que as práticas de gestão de sua empresa eram “benchmarking”, isto é, deveriam ser copiadas por concorrentes para atingir melhores resultados.
Em 2008, três anos antes da demissão de Primo, a Siemens recebeu um dossiê com documentos que supostamente comprovariam o pagamento de propina de sua filial no Brasil a autoridades do governo.  Além da alemã Siemens, os documentos mencionam a francesa Alstom.
O jeito de Primo tocar o negócio chamava a atenção, ele participava pessoalmente das reuniões para definir as empresas que forneceriam equipamentos e serviços para o Estado, conforme atas publicadas no Diário Oficial do Estado. Normalmente, as empresas enviam procuradores, não seu presidente.
Como CEO da Siemens, Adílson Primo também frequentava os eventos políticos e sociais. Não faltava aos encontros com autoridades, como ocorreu em julho de 2011, quando ele e o governador tucano Antonio Anastasia, de Minas Gerais, selaram com as mãos colocadas umas sobre as outras, como fazem os jogadores de futebol antes de entrarem em campo, o acordo para a construção de uma fábrica da Siemens em Itajubá, no sul do estado.
Já sem a presença de Primo no comando da Siemens, a empresa anunciou a desistência do projeto. O motivo seria a crise européia. Mas Adílson Primo foi para Itajubá, cidade que tem menos de 100 mil habitantes, ele é famoso no município por ocupar uma nova secretaria, encarregada entre outras atividades de conduzir a elaboração do novo Plano Diretor.
A estimativa é que em São Paulo com o superfaturamento nos equipamentos vendidos e os serviços prestados ao governo desde 1995, a partir da gestão de Mário Covas, o Estado de São Paulo teve um prejuízo superior a 500 milhões de reais.
Alstom
Além das investigações do Ministério Público suíço sobre os contratos da Alstom no Brasil o Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou, no último dia 30, uma acusação contra um ex-executivo da Alstom por suposta participação em um esquema de suborno a funcionários de governos estrangeiros.
Lawrence Hoskins, 62, ex-vice presidente para a região da Ásia na companhia francesa, foi acusado de lavagem de dinheiro e conspiração para violar a lei americana de prevenção à corrupção, a FCPA (Foreign Corrupt Practices Act).
Sem qualquer explicação lógica, a grande imprensa brasileira tenta passar a versão de que a francesa Alstom começou a ser investigada apenas em maio de 2008, quando o “Wall Street Journal” revelou que ela usava um banco e uma filial na Suíça para distribuir comissões para conseguir contratos entre 1995 e 2003. Até o ano 2000 a França autorizava empresas a pagar comissões para obter negócios.
No último dia 2 de agosto, a “Folha” revelou que a Siemens apresentou às autoridades brasileiras documentos nos quais afirma que o governo paulista soube e deu aval à formação de um cartel para a linha 5 do metrô de São Paulo. De acordo com a empresa, a operação se deu no ano de 2000, quando o Estado era governado pelo tucano Mário Covas, morto no ano seguinte.
A francesa Alstom também participou dessa concorrência. De acordo com os documentos entregues pela Siemens, a empresa tinha um acordo com a rival francesa para dividir o contrato se uma das duas vencesse a disputa.
Segundo o Departamento de Justiça americano, Hoskins e outros executivos da subsidiária do grupo baseada em Connecticut, alguns já haviam se declarado culpados por parte das acusações, teriam pago propina a autoridades na Indonésia, incluindo um parlamentar e altos membros da PLN, estatal de eletricidade da Indonésia.
Os pagamentos foram feitos em troca de um contrato de fornecimento de energia no valor de US$ 118 milhões e contaram com a participação de dois consultores para ocultar o suborno, segundo as acusações.
Os consultores teriam recebido centenas de milhares de dólares em contas bancárias para pagar o parlamentar, movimentação discutida detalhadamente em e-mails trocados pelos executivos, conforme as acusações.
O nome da companhia não foi citado no processo. Mas há semelhanças com a situação enfrentada pela empresa no Brasil, segundo o advogado especialista no assunto Robert Anello, do escritório Morvillo Abramowitz, de Nova York.
“Notamos que alguns países, historicamente, concentram casos de suborno em contratos públicos. É péssimo dizer isso, mas também não é incomum no Brasil”, afirma.
Hoskins deve ir a julgamento em um processo que pode durar mais de um ano, de acordo com especialistas, e pode recorrer. O executivo não foi encontrado para comentar e a subsidiária da empresa em Connecticut não respondeu aos pedidos de entrevista.
Ao contrário do que noticia à grande imprensa no Brasil as investigações em relação à Alstom são anteriores e dizem respeito principalmente entre 1998 e 2006, quando era presidida por, José Luiz Alquéres, também ex-presidente da Eletrobrás nos anos de1993 e 1994, quando o mineiro Itamar Franco (PMDB) era presidente da República.
Na compra da Light pela CEMIG, Aécio Neves colocou em sua presidência José Luiz Alquéres,ex- presidente da Alstom no Brasil, entre 1998 e 2006, período em que a multinacional é investigada por suposto pagamento de US$ 6,8 milhões em propina para políticos do PSDB para vencer licitações de US$ 45 milhões do metrô de São Paulo.
Documentos entregues pela Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) mostram que acordos anticoncorrência entre as empresas que disputavam contratos em São Paulo e no Distrito Federal eram registrados em papel e assinados pelos envolvidos. No início de 2006, representantes de consórcios liderados por Alstom e Siemens se encontraram em Brasília para discutir o contrato de manutenção dos trens do metrô do Distrito Federal.
Eles registraram um “memorial de negociações”, assinado por todos os presentes à reunião: “Fica acordado que serão apresentadas duas propostas, uma em consórcio liderado pela Alstom, com a participação da Iesa e da TCBR, e outra em consórcio liderado pela Siemens, com participação da Serveng”.
Para o superintendente-geral do Cade, Carlos Ragazzo, o documento confirma a estratégia de Siemens e Alstom de apresentar duas propostas, com preços semelhantes. “O consórcio vencedor subcontrataria parte do volume contratado ao consórcio perdedor, não constando do acordo determinação sobre qual seria o vencedor”, escreveu.
Em documento de 2004 para discutir a licitação da linha 2 do metrô de São Paulo, executivos registraram o debate sobre as condições dos atestados técnicos apresentados pelas empresas ao governo de São Paulo, para decidir como seriam formados os consórcios fictícios.
“Devido aos atestados de sinalização, Alstom e Bombardier não podem ficar no mesmo consórcio, (…) devido aos atestados de baixa tensão, Siemens e TTrans não podem ficar no mesmo consórcio”, escreveu executivo da Siemens em documento entregue ao Cade.
O governo do Distrito Federal desejava, em 2006, que a Siemens vencesse a licitação para manutenção de trens do metrô de Brasília, segundo registro de funcionário.
“No meu encontro com Paulo Victor (presidente do metrô do Distrito Federal), na última quinta-feira, 02/02/2006 em Brasília, ficou claro que a vontade do cliente é de que a Siemens saia vencedora, porém ele fica em cima do muro”, escreveu um executivo da Siemens em e-mail.
Ex-presidente do metrô, Paulo Victor Rada de Rezende disse não se lembrar desse encontro. Alegou ter deixado a estatal antes da conclusão da licitação.
Pensar que o pretenso contratante e o candidato à contratação não se falam é algo que, penso, não teria como ocorrer. Existe sempre consulta. Mas não me lembro desse encontro, disse.
O governo de São Paulo também é citado com “cliente” no diário de outro funcionário da Siemens, que relatou por dois anos detalhes da negociação entre a empresa, concorrentes e governo em torno de licitação para compra de trens da linha 5 do metrô, no governo de Mário Covas (PSDB), morto em 2001. No documento, ele escreve que as “reuniões secretas” entre concorrentes ocorriam de acordo “com o desejo” e “por pressão” do governo estadual.
“O cliente não quer que o projeto seja prejudicado por reclamações, pedindo então aos participantes que se entendam”, escreveu em novembro de 1999. Vinte seis dias depois, relataria: “Paralelamente, ocorrem de acordo com desejo do cliente, as “reuniões secretas” entre Alstom, ADTranz, Siemens, Ttrans e Mitsui. O bolo deverá ser repartido entre estes cinco proponentes (idealmente 20% para cada). Bombardier e CAF ficarão de fora”.
Além de citar a conivência da administração estadual com a formação do cartel, o funcionário disse que o próprio governo “pressionava” para que houvesse acordo entre as empresas, apesar dos prejuízos ocasionados pela prática anti-competitiva, também citados no diário. Não há menção ao nome do interlocutor do governo com a empresa.
“Se, de acordo com o desejo do cliente, se chegar a um acordo, temos possibilidades em relação à parte da tração num preço alto”, escreveu o funcionário, se referindo ao benefício que a empresa poderia obter.
Em nota, o presidente da Siemens, Paulo Stark, informou no domingo (11) que a empresa “não pode se manifestar publicamente” sobre o assunto, “tendo em vista as investigações ainda em andamento e a confidencialidade inerente ao caso”. “A Siemens acredita que somente a concorrência leal e honesta pode assegurar um futuro sustentável para as empresas, os governos e a sociedade como um todo”, escreveu.
Após Alquêres, a Alstom foi presidida por Aloísio Vasconcelos já denunciado no País por formação de quadrilha, desvio de recursos e gestão fraudulenta de instituição financeira. A denúncia foi recebida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Especialista em energia, Vasconcelos integra o grupo político do PMDB mineiro. Sua ligação maior é com o ex-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso (1987-1991), do qual foi secretário. Com a posse de Itamar Franco no Palácio da Liberdade (1999), foi indicado para a diretoria de distribuição e comercialização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), onde ficou entre 1999 e 2003.
No período, foram assinados contratos com a Alstom por dispensa de licitação, conforme consta em ata do Conselho de Administração do dia 24 de fevereiro de 2002. Na Eletrobrás, Vasconcelos foi um dos entusiastas da construção de Angra 3. Depois de deixar o comando da estatal de energia, assumiu a presidência da Alstom em abril de 2007 e a deixou em março.
Documento que fundamenta a matéria:

anastasia

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Alstom confirma que abasteceu a Lista de Furnas

A Alstom destinou mais de US$ 20 milhões em propinas ao Brasil e parte do dinheiro foi parar em cofres de partidos políticos. A constatação faz parte da investigação realizada pela Justiça Suíça e foi obtida com exclusividade pelo “Estado de São Paulo”. Ontem, o jornal revelou como dez pessoas, entre elas os ex-secretários Jorge Fagali Neto e Andrea Matarazzo, foram indiciados pela Polícia Federal por causa do esquema de corrupção da empresa francesa, desmantelado pela apuração na Suíça.

Dinheiro supostamente pago pela Alstom teria sido destinado a Eletrobras e Furnas, pagou US$ 20 milhões em propina a partidos do Brasil, diz Justiça da Suíça.

A investigação mostra que informes internos da Alstom revelam o esquema para ganhar contratos públicos no Brasil nos anos 1990. Neles, a empresa francesa indica o pagamento de propinas para financiar partidos.
A constatação da Justiça de Berna é de que há “evidências claras de suborno” e até uma “tabela oficial” de propina no Brasil. O dinheiro foi destinado a diversos projetos de energia no Brasil, envolvendo Furnas, Eletropaulo, a Usina de Itá e outros empreendimentos.
Um dos depoimentos que marcam o caso é o de um colaborador do esquema, Michel Cabane, confirmando que a “Alstom e a Cegelec (subsidiária da Alstom) estavam trabalhando juntas para organizar uma cadeia de pagamentos para tomadores de decisão no Brasil”. Havia até mesmo uma lista de nomes de brasileiros na empresa.
A Justiça suíça teve acesso a um comunicado interno da Alstom, de 21 de outubro de 1997. Nele, o então diretor da Cegelec, Andre Botto escreveu que o dinheiro era propina. “Isso é uma política de poder pela remuneração”, afirmou. “Ela é uma “negociated” via o ex-secretário do governador (RM). Ela cobre – as finanças do partido – o Tribunal de Contas (do Estado) e a Secretaria de Energia.”
A meta era cometer o que os suíços ironizaram como “um crime perfeito”. Parte do dinheiro iria para os políticos, parte para o tribunal e parte para o secretário de Energia que daria os contratos.
A Justiça suíça não citou partido, mas indicou que a participação política estava sempre presente. Naquele momento, o Estado de São Paulo era governado pelo PSDB.
RM seria Robson Marinho, conselheiro do TCE, que, depois de coordenar a campanha de Mário Covas em 1994, foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997. O Ministério Público suíço revelou cada uma das transferências às contas de Marinho no banco Safdie em Genebra. O dinheiro chegaria via uma offshore uruguaia, a MCA.
Quem também é citado é Romeu Pinto Junior, indiciado como uma das pessoas que teriam organizado o pagamento de propinas por meio da MCA.
A investigação revela que, em media, 7,5% do valor dos contratos eram destinados ao pagamento de propinas. “De acordo com essas declarações, 7,5% e 1,13% dos contratos iam para a MCA, 3,1% para a Taltos e 0,6% para a Andros, 1,5% para a Splendore.” Essas eram empresas fictícias criadas.
Outra empresa era a brasileira Alcalasser, pela qual teriam passado mais de 50 milhões. Em depoimento a autoridades francesas, o ex-diretor financeiro da Cegelec, Michel Mignot, confirma que a Alcalasser foi criada para pagar propinas. “Ela servia para as comissões”, respondeu à Justiça. Seu superior, Yves Barbier de La Serre, ex-secretário-geral da Cegelec, também confirmou a “caixa preta”.
Documentos que fundamentam a matéria:

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Executivo afirma que Serra sugeriu acordo em licitação

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) sugeriu à multinacional alemã Siemens um acordo em 2008 para evitar que uma disputa empresarial travasse uma licitação da CPTM, de acordo com um e-mail enviado por um executivo da Siemens a seus superiores na época.
A mensagem relata uma conversa que um diretor da Siemens, Nelson Branco Marchetti, diz ter mantido com Serra e seu secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, durante congresso do setor ferroviário em Amsterdã, na Holanda.
Na época, a Siemens disputava com a espanhola CAF uma licitação milionária aberta pela CPTM para aquisição de 40 novos trens, e ameaçava questionar na Justiça o resultado da concorrência se não saísse vitoriosa.
A Siemens apresentou a segunda melhor proposta da licitação, mas esperava ficar com o contrato se conseguisse desqualificar a rival espanhola, que apresentara a proposta com preço mais baixo.
De acordo com a mensagem do executivo da Siemens, Serra avisou que a licitação seria cancelada se a CAF fosse desqualificada, mas disse que ele e Portella “considerariam” outras soluções para evitar que a disputa empresarial provocasse atraso na entrega dos trens.
Segundo o e-mail, uma das saídas discutidas seria a CAF dividir a encomenda com a Siemens, subcontratando a empresa alemã para a execução de 30% do contrato, o equivalente a 12 dos 40 trens previstos. Outra possibilidade seria encomendar à Siemens componentes dos trens.
Serra disse à “Folha” que não se encontrou com executivos das empresas interessadas no contrato da CPTM e afirmou que a licitação foi limpa, com vitória da empresa que ofereceu menor preço.
O ex-secretário Portella disse que as acusações são absurdas e que não houve irregularidades na licitação.
O e-mail examinado pela “Folha” faz parte da vasta documentação recolhida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, na investigação aberta para examinar a prática de cartel em licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo de 1998 a 2008.
Os documentos examinados pela “Folha” não contêm indícios de que Serra tenha cometido irregularidades, mas sugerem que o governo estadual acompanhou de perto as negociações entre a Siemens e suas concorrentes.
Em outra mensagem de Marchetti, de setembro de 2007, o executivo diz que o governo paulista “gostaria de ver a Siemens contemplada com pelo menos 1/3 do pacote” da CPTM, em “parceria” com as outras empresas.
Os documentos foram entregues ao Cade pela própria Siemens, que fez um acordo com as autoridades brasileiras para colaborar com as investigações e assim evitar as punições previstas pela legislação para a prática de cartel.
Procurado pela Folha, o Cade informou que o caso está sob sigilo e nenhuma informação sobre o assunto poderia ser repassada à imprensa.
Na licitação dos trens, as negociações da Siemens com a CAF não deram resultado. A Siemens apresentou recursos administrativos e foi à Justiça contra a rival, mas seus pedidos foram rejeitados.
A CAF venceu a licitação e assinou em 2009 o contrato com a CPTM. A empresa espanhola executou o contrato sozinha, sem subcontratar a Siemens ou outras empresas.
A francesa Alstom também participou dessa concorrência. De acordo com os documentos entregues pela Siemens, a empresa tinha um acordo com a rival francesa para dividir o contrato se uma das duas vencesse a disputa.
Os documentos obtidos pelas autoridades brasileiras mostram também que, mais tarde, ao mesmo tempo em que negociava com a CAF, a Siemens discutiu a possibilidade de uma aliança com outra rival, a coreana Hyundai, contra os espanhóis da CAF.  As informações são da Folha.com.
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Empresário acusou a ECT de superfaturamento de R$ 48 milhões em licitação promovida no governo FHC tendo como ministro Pimenta da Veiga

Em meio ao escândalo do chamado propinoduto tucano, denunciado pela Siemens, empresas fornecedoras de equipamentos e de serviços em trens e metrô nas gestões Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin que superfaturaram R$ 577 milhões, o equivalente a 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse esquema, outros casos envolvendo a empresa igualmente estão sendo investigados, mas ainda permanecem ofuscados.

Até 2005, repousou em uma gaveta do empresário catarinense Edson Maurício Brockveld um envelope lacrado de papel pardo. Em uma das faces do invólucro estão registradas cinco assinaturas de membros da Comissão Especial de Licitação dos Correios. Dentro, segundo ele, está à prova de que a corrupção na ECT começou, ou tinha prosseguimento, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.

Dono da Brockveld Equipamentos e Indústria Ltda., o empresário esperou até 2005, ocasião da CPMI dos Correios para abrir publicamente o envelope. Seu objetivo era provar ter sido preterido em uma concorrência, em 2000, em favor de duas empresas estrangeiras, a alemã Siemens e a francesa Alstom, ambas com propostas supostamente superfaturadas.
Brockveld alega ter calculado em R$ 48 milhões o contrato de compra de equipamentos de movimentação e triagem de carga interna oferecido à ECT. A dupla vencedora cobrou quase o dobro. De quebra, diz o empresário, as escolhidas passaram a gerenciar outros três contratos no valor de US$ 100 milhões (R$ 230 milhões).
Em 22 de dezembro de 1999, a ECT abriu a concorrência internacional 016/99 para compra e manipulação de equipamentos de sistemas de movimentação e triagem interna de carga. Interessado no negócio, Edson Brockveld conta que, nos dois anos anteriores à licitação, desenvolveu, junto ao setor de engenharia dos Correios, diversos equipamentos e realizou testes em parceria com as empresas Portec e Buschman, ambas dos Estados Unidos.
Segundo ele, a pedido da diretoria da ECT, a Brockveld Equipamentos chegou a trazer engenheiros americanos para fazer as demonstrações e, assim, ganhar a confiança da direção da estatal. O presidente da empresa era Hassan Gebrin, ligado aos grupos políticos do então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), e do ex- senador e ex-governador também do Distrito Federal José Roberto Arruda (PFL-DF).
A indicação havia sido avalizada pelo então ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga. Para garantir uma boa posição no processo licitatório, a Brockveld fez um consórcio com a japonesa NEC, uma das gigantes mundiais do setor de tecnologia de ponta. Pelo acordo, cada empresa seria responsável por um setor.
A empresa brasileira cuidaria do maquinário de movimentação postal e a NEC dos equipamentos de comunicação e segurança. Dois dias antes da licitação, no entanto, sem nenhum sinal prévio, conta Edson, o então diretor da NEC no Brasil, Marcos Sakamoto, informou à Brockveld que não poderia participar da licitação.
Alegou, segundo o empresário catarinense, atender a um pedido da direção da Siemens, que não queria a participação das duas empresas na licitação. No dia da abertura das propostas, Edson Brockveld diz ter sido diretamente convidado pelas empresas Mannesmann Dematic Rapistan, Siemens e Alstom a não participar da concorrência da ECT, pois estaria tudo certo que as duas últimas seriam as vencedoras da licitação.
Brockveld alega ter ignorado a oferta e participado, assim mesmo, do processo. No dia da licitação, o edital previa que fossem abertos os envelopes relativos à habilitação técnica e comercial. Porém, ao ser constatado que a Brockveld Equipamentos iria participar da licitação, e pelo fato de os concorrentes não saberem se a empresa estava ou não com os documentos em ordem, foi feita uma proposta à ECT de emissão de um parecer único da proposta técnica e de habilitação, em desacordo com o estabelecido no edital de licitação.
Feito isso, a Brockveld e a Mannesmann acabaram sumariamente inabilitadas tecnicamente. A Mannesmann imediatamente recorreu, mas teve o pedido indeferido. Ambas receberam, lacrados, os envelopes com as propostas de volta. Siemens e Alstom foram às escolhidas. Detalhe: a empresa francesa embolsou US$ 15 milhões e deu o cano na ECT, por este motivo foi processada pelos Correios e substituída em seguida, pela NEC.
Logo depois, a direção da Brockveld foi procurada pelas empresas vencedoras. Teriam pedido para que ela não entrasse com recurso administrativo. Em troca, os executivos da Siemens e da Alstom dariam parte do projeto para a perdedora. Ou seja, comprariam da empresa brasileira os equipamentos previstos no contrato.
Com a Alstom, o acordo foi assinado na noite do dia 23 de fevereiro de 2000. A empresa foi representada, segundo Edson Brockveld, por um diretor chamado Jean Bernard Devraignes. A Siemens, no entanto, esperou a data-limite para entrada de recurso, 24 de fevereiro de 2000, para assinar o acordo, em Brasília.
Naquele dia, para ter certeza de que tudo sairia conforme combinado, Hélcio Aunhão, diretor da Siemens, foi ao aeroporto da capital federal encontrar com Brockveld, então disposto a entrar com o recurso administrativo contra o resultado da licitação, o que nunca aconteceu. Depois de assinados os contratos, no entanto, as empresas vencedoras não honraram os acordos.
Edson Brockveld, então, esperou o momento certo de se vingar. A crise desencadeada a partir das denúncias de corrupção, justamente nos Correios, lhe pareceu à oportunidade ideal. O empresário foi ao Congresso Nacional para entregar toda a documentação sobre o caso a então senadora, hoje ministra Ideli Salvatti.
Disse a ela ter tomado a iniciativa de denunciar o caso cinco anos depois porque, impedido de participar da licitação e traído por empresas internacionais, achava que a CPMI dos Correios iria se interessar pelo caso. Por isso havia decidido ir pessoalmente ao Senado. Ele disse à senadora que, em princípio, não teria interesse em entrar em briga judicial contra a ECT, mas pretendia acionar a Siemens e a Alstom por quebra de contrato.
O diretor-regional de Vendas da Siemens no Brasil, Hélcio Aunhão, negou, na Sub-relatoria de Contratos da CPMI dos Correios, as acusações de que a empresa teria feito conluio com a Alston para que a Brockveld se retirasse da licitação do sistema de triagem interna de cargas dos Correios.
Aunhão confirmou ter assinado termos de intenção de compra de alguns equipamentos com a Brockveld, transação que, segundo Edson Maurício, serviria para compensar a empresa que se retirou, mas disse que a compra não foi realizada porque a empresa fornecedora não teria cumprido as condições estipuladas no contrato.
O sub-relator, então deputado federal, hoje Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, afirmou na audiência que a CPMI iria solicitar ao Ministério Público o aprofundamento da investigação sobre o caso.
O Ministério Público brasileiro obteve de autoridades da Suíça, este ano, a confirmação da existência de contas do operador do esquema junto ao Metrô de São Paulo, Roberto Marinho, no exterior. Agora, espera-se no MP a chegada de novas informações, vindas do Principado de Liechtenstein, vizinho à Suíça, de forma a rastrear o trânsito de grandes recursos no circuito de empresas e bancos do paraíso fiscal.
Segundo as autoridades o alimentador desse esquema seria a multinacional Alstom, que teria feito “acordo”, com os tucanos antes mesmo da Siemens e em relação ao Metrô de São Paulo, ou seja, no período que ocorreu às irregularidades no Correios, quando Pimenta da Veiga era Ministro das Comunicações de FHC.
Na multinacional alemã, o presidente no Brasil, Peter Loscher, foi afastado do cargo, numa responsabilização indireta sobre a gestão que teria participado de um cartel formado por 15 empresas, todas participantes de um esquema de pagamento de propinas aos tucanos.
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Na Justiça médicos acusados no Caso Pavesi permanecem calados

No segundo dia de audiências, os interrogatórios dos médicos acusados de retirar e transplantar irregularmente os órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, foram concluídos após cerca de 15h de audiência. Os depoimentos dos profissionais começaram às 23h desta quinta-feira (1º)  no Fórum de Poços de Caldas (MG) e seguiram pela madrugada da sexta-feira (2).  Foram interrogados os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Sérgio Poli Gaspar, acusados de pertencer à chamada “Máfia dos Órgãos”. Dois deles se limitaram a responder às perguntas de seus respectivos advogados durante o interrogatório e todos alegaram inocência nas acusações. Concluído os depoimentos no fórum, o juiz prossegue com o caso através de cartas precatórias e rogatórias de outras 13 testemunhas que não residem na cidade, inclusive o pai do menino Paulo Pavesi.

Os médicos são julgados pelo crime de retirada irregular dos órgãos do garoto Pavesi, morto aos 10 anos em 2000, com o agravante de tê-lo praticado em pessoa viva, resultando em morte e infringindo o artigo 14 da Lei de Transplantes. Pelo menos neste processo, eles não irão a júri popular e podem já ser condenados quando todas as testemunhas e réus envolvidos no processo forem ouvidos. Caso sejam condenados, os médicos podem pegar entre oito e 20 anos de prisão, além de pagamento de multa.

Após as oitivas das testemunhas, os advogados de defesa dos réus pediram o adiamento das audiências, mas o juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro decidiu prosseguir com os interrogatórios. O primeiro médico a ser ouvido foi o anestesista Sérgio Poli Gaspar, acusado de ter aplicado anestesia geral no menino Paulo Pavesi para a retirada dos órgãos.
Questionado sobre a acusação, Gaspar disse ter conhecimento, mas negou envolvimento. “Esta acusação não é verdadeira”, comentou. De acordo com o Ministério Público, o médico aplicou anestesia geral  e classificou o paciente como “moribundo com perspectiva de óbito em 24 horas”, o que deixa dúvidas se Paulinho estava ou não vivo no momento da retirada dos órgãos. Contudo, diante da indagação do juiz sobre o uso da anestesia geral em cirurgias de remoção de órgãos, o anestesista disse que isso é comum. “Costumamos aplicar anestesia geral nestes casos, com o medicamento Pavulon (relaxante muscular para facilitar o acesso dos cirurgiões aos órgãos)”, explicou.
Gaspar disse também que tinha certeza da morte encefálica do garoto, já que consultou radiografias que comprovavam isso, além de ter consultado o protocolo de exame clínico que também comprovava a morte. “Eu tive acesso a estes prontuários na sala de cirurgia e só participei do Caso Pavesi na sala de cirurgia”, comentou.
Ainda questionado sobre o acesso ao prontuário da criança, o médico disse que acredita que o protocolo foi cumprido, mas não soube precisar se foi respeitado o limite mínimo de seis horas para a realização de  exames clínicos que constatam a morte  encefálica. “Não tenho certeza, acredito que sim”, afirmou.
Médico urologista se recusa a responder questionamentos
O segundo a depor,  já na madrugada desta sexta-feira (2),  foi o réu, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, acusado de participar da retirada dos órgãos e presenciar a classificação do paciente como vivo, ou seja, sem morte encefálica. Fernandes  optou por não responder às perguntas feitas pelo juiz, conforme orientação recebida do seu  advogado. O médico reconheceu estar ciente da acusação feita contra ele. “Tenho conhecimento dos fatos narrados no processo, mas não são verdadeiros”, pontuou.
Questionado sobre procedimentos técnicos sobre a remoção de órgãos, o diagnóstico de morte encefálica da criança e o conhecimento de outros médicos envolvidos no caso, o réu se absteve de respostas.
Já quando indagando pelo advogado José Arthur Kalil, o réu disse que estava de plantão no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Casa quando recebeu um telefonema do médico, também réu no processo, Celso Frasson Scafi, avisando-o de que haveria uma cirurgia para retirada de órgãos. Ele contou  também que  na data estava substituindo um colega durante o plantão e que a equipe de transplantes do hospital era credenciada para retirar apenas os rins do paciente. “Uma outra equipe de oftalmologistas retirou o globo ocular do garoto, ou seja, as córneas”, relatou.
Fernandes disse ainda que, segundo o protocolo que deve ser seguido para retirada dos órgãos, foram verificados o prontuário do paciente, que informava a morte encefálica, além das radiografias, que estavam anexas aos documentos que autorizavam a doação, assinados por familiares responsáveis pela criança. “O que pude ver, durante a checagem destes documentos, é que havia um intervalo de pelo menos 24 horas entre o primeiro exame e o exame final que apontavam a morte encefálica do garoto”, disse.
Mais um que se cala ao juiz por estar “cansado”
Às 3h da madrugada, teve início o interrogatório do terceiro médico, Celso Roberto Frasson Scafi, acusado de ter retirado os órgãos do menino mesmo sabendo que ele poderia estar vivo. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o profissional sabia que o processo de diagnóstico de morte encefálico não havia sido respeitado.
Questionado se tem conhecimento da acusação, o médico reconheceu que sim, mas negou a veracidade. “Nenhum fato narrado no processo é verdadeiro”, disse.
Ainda seguindo as orientações da defesa, preferiu manter-se em silêncio durante os questionamentos feitos pelo juiz e só atendeu às perguntas feitas pelos advogados.  Scafi respondeu que participou da cirurgia de retirada dos órgãos do menino Paulo Pavesi e contou que estava em casa quando recebeu o telefone do Hospital Santa Casa para participar da remoção dos órgãos. “No hospital, verifiquei que havia um termo de doação assinado pela família, além de várias radiografias e o exame complementar que  constata a morte encefálica”, pontuou.
Questionado sobre o que estaria escrito no prontuário do menino, o acusado disse que o paciente encontrava-se deitado, “em morte cerebral” e não “sem morte cerebral”, conforme aponta o processo. O médico disse ainda que a responsabilidade pela necropsia no corpo do paciente, que foi doador-cadáver, era do médico assistente, ou seja, do profissional que acompanhou Paulo  Pavesi durante todo atendimento e que não competiria à equipe de transplantes tal solicitação.
O julgamento terminou às 5h desta sexta-feira (2), após 15 horas de depoimentos e interrogatórios. A partir de agora, o juiz prossegue com o caso e aguarda as respostas das cartas precatórias e da carta rogatória, já que outras 13 testemunhas que não residem na cidade serão ouvidas por cartas precatórias e rogatórias. Entre elas está Paulo Airton Pavesi, o pai do garoto, que após o caso, se sentiu ameaçado e vive hoje na Europa. “Vamos dar início a esta sequência de trabalho e acredito que isso não deva se estender por tanto tempo”, comentou o juiz.
O advogado José Arthur Kalil, responsável pelo urologista Cláudio Fernandes e pelo médico Celso Scafi disse estar confiante com o resultado das audiências. Questionado sobre os motivos de ter orientado os clientes a não responderem às perguntas do juiz, ele disse que tomou essa atitude, pois os réus estavam muito cansados. “Em razão do adiantado da hora, meus clientes estão bastante cansados da espera – desde às 13h no Fórum – e por isso achei melhor que eles não falassem”, disse.
Audiências das testemunhas
Durante os dois dias de audiências – quarta e quinta-feira –  foram ouvidas enfermeiras, técnicas de enfermagem e médicos, que forneceram detalhes sobre os procedimentos técnicos de retirada de órgãos, especialmente na constatação de morte encefálica e uso de anestesia geral.
Entre os depoimentos está o da auxiliar de enfermagem Dilza Aparecida da Silva, que disse ter sido afastada do cargo que ocupava, no centro cirúrgico da Santa Casa de Poços de Caldas, pouco tempo depois do caso. Ela afirmou que passou a ocupar um cargo na central de materiais, onde são feitas as esterilizações.
O pai do garoto, Paulo Pavesi, que mora na Europa, vai ser ouvido através de carta rogatória, instrumento jurídico de cooperação entre dois países. O documento, que vai ser enviado para a Inglaterra através do Ministério das Relações Exteriores, ainda precisa ser traduzido para a língua inglesa.
Caso Pavesi desmonta esquema de tráfico de órgãos
As investigações do Caso Pavesi já duram 13 anos. O caso começou quando o menino caiu de uma altura de cerca de 10 metros do prédio onde morava e foi internado.
Em 2002, quatro médicos: José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado.
Na denúncia consta que cada um cometeu atos encadeados que causaram a morte do menino. Entre eles, a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia feita por um profissional sem habilitação legal que resultou em erro médico e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz.
Segundo a promotoria, a constatação da morte encefálica da criança foi feita de forma equivocada, o que levanta a suspeita de que o menino estivesse vivo no momento da retirada dos rins e das córneas. Outra linha de investigação é de que os órgãos retirados do garoto foram transplantados de maneira irregular. As córneas do menino foram levadas para Campinas (SP), quando deveriam ter sido transplantadas em pacientes da lista de espera de Minas Gerais, já que se trata de um procedimento regionalizado.
“Existem indícios de que não teria ocorrido a morte encefálica da criança, Temos provas de que apenas o primeiro exame foi realizado. O segundo exame apresentado não consta nem a data e nem a hora em que foi realizado. Os réus também alegam que esta constatação foi feita seguindo um protocolo, entretanto, o protocolo utilizado por eles não estava vigente na época”, destacou o promotor do caso, Daniel Ribeiro Costa.
A investigação deu origem a outros sete inquéritos e a Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas perdeu o credenciamento para realizar os transplantes em 2002. O caso foi tema de discussões também no Congresso Nacional em 2004, durante a CPI que investigou o tráfico de órgãos. Os médicos foram acusados de homicídio doloso qualificado pelo Ministério Público Federal.
Ainda na época, o médico Álvaro Ianhez foi denunciado por chefiar a entidade MG Sul Transplantes, que realizava as retiradas dos órgãos e os encaminhava aos possíveis receptores. A organização foi apontada pelo Ministério Público como  “atravessadora” em um esquema de tráfico de órgãos humanos.
Em 2010, a Justiça determinou que a equipe médica responsável pela cirurgia de retirada dos órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi fosse a júri popular. O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ainda não há previsão para o julgamento. Os médicos indiciados aguardam em liberdade.
Médicos já foram condenados por retirar órgãos de pedreiro
Dois dos médicos julgados no Caso Pavesi já foram condenados, em fevereiro deste ano, pela remoção e suposto tráfico de órgãos e tecidos do pedreiro José Domingos de Carvalho, morto aos 38 anos em abril de 2001, na Santa Casa de Poços de Caldas.
Os profissionais Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes receberam as sentenças junto com os outros dois médicos, João Alberto Góes Brandão e Alexandre Crispino Zincone. Eles receberam penas que variam de oito a 11 anos e seis meses de prisão em regime fechado por homicídio doloso, compra e venda de órgãos humanos, violação de cadáver e realização de transplante irregular.
Segundo a Justiça, os profissionais faziam parte de uma equipe médica clandestina que removia órgãos e realizava transplantes de forma irregular. Eles recorreram da sentença e estão em liberdade.
As condenações provocaram também a reabertura do inquérito referente à morte de Carlos Henrique Marcondes, o Carlão, que foi diretor administrado do Hospital Santa Casa até o ano de 2002. Ele foi encontrado morto na época com um tiro na boca dentro do próprio carro.
Médicos condenados voltam a atender pelo SUS
No último dia 22 de março, os quatro médicos condenados conseguiram um habeas corpus que os permite a atuar novamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a assessoria de imprensa do TJMG, além das penas, os médicos deveriam cumprir também medidas cautelares. Uma delas proíbe que eles prestem serviços médicos pelo SUS. A outra medida cautelar proíbe que os médicos se ausentem do país ou mesmo da comarca sem prévia autorização da Justiça. As informações são do G1
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Vereadores de Ribeirão das Neves reduziram de 4% sobre o valor bruto para 2% do valor líquido a taxa paga pelas empresas de ônibus ao Município

Passado o calor das manifestações percebe-se agora o motivo da insatisfação da população de Ribeirão das Neves com os vereadores do Município, que culminou com a depredação da Câmara Municipal nas últimas manifestações contra o preço das passagens e a má qualidade do serviço de transporte de passageiros na cidade.

Os empresários atribuem o preço da tarifa e a falta de veículos em plena condição de funcionamento a má qualidade das vias por onde trafegam os ônibus. A reportagem do Novojornal constatou que realmente o piso das vias municipais é deficitário, porque suporta além das linhas do município as linhas metropolitanas.

Porém constatou também que a argumentação das empresas não corresponde à verdade absoluta e que nos diversos Poderes do Município, poucos têm coragem de manifestar sua opinião quando se trata de “empresas de ônibus”.
O sistema de transporte de passageiros do Município de Ribeirão das Neves deveria ser modelo na região Metropolitana de Belo Horizonte, diante do menor custo de operação para as empresas propiciadas por Lei de iniciativa da Câmara Municipal do Município. Entretanto não é isto que se vê.
Em todos os municípios onde o serviço de transporte de passageiros é explorado pela iniciativa privada o órgão gerenciador municipal cobra uma taxa denominada de CGO- Custo de Gerenciamento Operacional, para fiscalizar o sistema.
Existe uma variação entre os valores do CGO cobrado nos diversos municípios, porém todos, com exceção de Ribeirão das Neves, a porcentagem é cobrada sobre o valor bruto da passagem, uma vez que o percentual está previsto na planilha de cálculo que fixa a tarifa, desta forma paga pelos usuários do serviço e não pelas empresas.
Como dito anteriormente é com a receita de CGO que o município através de sua empresa ou autarquia mantém a fiscalização dos serviços prestados pelas empresas, sendo, pois o mesmo uma receita pública, desta forma regulada pela legislação fiscal.
Em junho de 2010, após uma tramitação tumultuada onde o Poder Executivo do Município vetou o dispositivo que reduzia o valor pago de CGO pelas empresas de 4% sobre o bruto para 2% sobre o líquido a Câmara Municipal de Ribeirão das Neves derrubou o veto do prefeito promulgando a Lei 3.303/2010, concedendo tal benefício.
Toda movimentação que tenha reflexo na receita pública está sujeita principalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal que prevê a impossibilidade do Ente público em abrir mão de receita a não ser quando apontada outra que a substitui.
Este detalhe não foi observado pelos vereadores que sem qualquer estudo de impacto fiscal ou mesmo o oferecimento de outra receita concedeu as empresas de ônibus um benefício que dobrou o ganho das mesmas previsto no Edital de Licitação. Segundo especialistas do setor o pior é que tal redução não representou qualquer diminuição nas tarifas como também determina a Lei.
Os mesmos especialistas entendem que além das penalidades a serem aplicadas em função do crime praticado pelos vereadores as empresas respondem solidariamente devolvendo o arrecadado irregularmente e passando a recolher o valor previsto antes da promulgação da Lei 3.303/2010.
Embora a Prefeitura tenha dado sinais de mudança na maneira de lidar com o setor de transporte de passageiros a população continua pagando uma tarifa que poderia ser no mínimo 25% mais baixa que a atual, já reduzida após as manifestações e o Município permanece sem recursos para promover a fiscalização das empresas que se apropriaram do valor que seria pago de CGO.
A Prefeitura Municipal consultada pela reportagem do Novojornal confirmou que a Lei não foi precedida de qualquer estudo, tão pouco ofereceu qualquer receita em substituição a renúncia concedida, optando, porém por não comentar o mérito da Lei uma vez que a mesma foi de iniciativa do Poder Legislativo.
As empresas que exploravam o serviço de transporte de passageiros no Município, Transimão e Justinopolis Transportes Rodoviários do Grupo Rodap, consultadas optaram por nada declarar, informando que quem deveria falar a respeito da diminuição do CGO seria a Câmara Municipal.
A reportagem de Novojornal tentou por vários dias contato com o presidente da Câmara Municipal, diante do insucesso optou pelo envio de um e-mail ao Vereador Célio Eustaquio da Fonseca que nada respondeu.
Sabe-se que se encontra em andamento na Promotoria de Defesa de Patrimônio Público de Ribeirão das Neves um procedimento instaurado para apurar as possíveis irregularidades na redução do CGO aprovado pela Câmara Municipal.
Porém a promotora Giselle Ribeiro de Oliveira consultada por e-mail respondeu através de sua assessoria que seguindo orientação da Procuradoria Geral de Justiça, só poderia falar sobre o assunto através da Assessoria de Imprensa.
Até o fechamento desta matéria a assessoria de imprensa da PGJ nada havia respondido.
Documentos que fundamentam a matéria:
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Ao arrepio da Lei, Joaquim Barbosa monta Offshore em Miami

Ao constituir uma empresa com fins lucrativos nos Estados Unidos, em maio do ano passado, para obter benefícios fiscais na compra de um apartamento avaliado em R$ 1 milhão em Miami, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, assumiu o risco de viver perigosamente; o Estatuto dos Servidores Públicos da União, em seu artigo 117, inciso X, veda a todos aqueles que exerçam carreiras de estado “participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada”; de acordo com os registros da Assas JB Corp, Barbosa é o presidente da sua offshore.

A compra de um imóvel avaliado em R$ 1 milhão por Joaquim Barbosa em Miami, feita através de uma empresa offshore criada na Flórida com a finalidade de se obter benefícios fiscais, pode trazer outros problemas para o presidente do Supremo Tribunal Federal.

Embora Barbosa tenha dito, em nota, que a aquisição do imóvel foi feita “em conformidade” com a lei norte-americana, os problemas podem estar no Brasil. Isso porque a lei de número 8.112/90, do chamado Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, prescreve de forma clara, em seu artigo 117, inciso X, que “ao servidor é proibido (…) participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada”.

Ainda que a empresa tenha como única finalidade gerir seus bens no exterior e evitar o pagamento de impostos numa eventual transmissão a herdeiros, Joaquim Barbosa está registrado, nos documentos da empresa, que podem ser consultados publicamente na Flórida, como seu próprio presidente. Ou seja: ele é o sócio-gerente da Assas JB Corp, contrariando o que determina a Lei 8.112/90.

Também no Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes é um dos sócios do IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público. Mas a lei brasileira tem a figura do sócio não-gerente, o que cria brechas para que servidores tenham participações em sociedades.

Nos Estados Unidos, Barbosa disse ter criado sua empresa por orientação de um advogado. Consta dos registros da Assas JB Corp que a firma que prestou assessoria à empresa foi a Nobile Law Firm, localizada na Brickell Avenue, em Miami. Esta empresa pertence a uma ex-executiva do Citibank e do Bank of America, chamada Diane Nobile, que hoje presta consultoria financeira e advocatícia a endinheirados latino-americanos interessados em adquirir propriedades na Flórida.

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Transimão quebra contrato e vende linhas de Ribeirão das Neves

Marco Aurélio Carone

Apostando no impasse, a empresa de ônibus Transimão que vem a quase dois anos sendo objeto de diversas manifestações de insatisfação da população de Ribeirão das Neves, optou por anunciar na tarde desta terça feira (16) a venda de suas linhas para a empresa Saritur.

Ouvido por Novojornal, o proprietário da Transimão, Nilo Simão, informou que, além das linhas municipais de Ribeirão das Neves, vendera também as linhas do município de Esmeralda e as linhas metropolitanas administradas pelo SETOP/DER-MG.

O Secretário de Transporte e Trânsito de Ribeirão das Neves, Luiz Carlos Godinho, consultado por nossa reportagem nesta tarde, estranhou o fato, afirmando que o município nada sabia sobre a venda e esclarecendo que o contrato assinado com a Transimão prevê que qualquer venda das linhas deverá ser antes aprovada pela Prefeitura, sobre pena de rescisão do mesmo.

Segundo especialistas do setor, a Prefeitura de Ribeirão das Neves vem, desde o início da atual administração e principalmente após as manifestações populares, exigindo que a Transimão melhore os serviços, sem dizer questões tarifárias que não vinham sendo observadas.

Para os mesmos técnicos, sem a cumplicidade existente nas administrações anteriores, Transimão e Saritur estão optando por um impasse para buscar solução no judiciário, principalmente porque a concessão das linhas municipais encontra-se vencida desde maio deste ano e o município já sinalizou que pode não renová-las por 10 anos como pleiteado pela empresa, e sim por mais um ano para realização de nova licitação.

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Grupos e seitas na época de Jesus

Grupos e seitas na época de Jesus

Para que tenhamos uma melhor compreensão dos Evangelhos é necessário entender um pouco do contexto em que Jesus veio, principalmente percebendo a influência política e filosófica que dominava o povo daquele tempo. Veja a seguir 10 dos principais grupos que dominavam o pensamento judeu:
João Batista, pregava o arrependmento de pecados. Imagem: Google

JUDEUS MESSIÂNICOS – pregavam o verdadeiro Evangelho do arrependimento
Muitos caem no erro de achar que a mensagem do arrependimento de pecados foi inaugurada por Jesus, no entanto desde de que o pecado entrou no mundo é essa a forma que Deus usa para a salvação. No período intertestamentário percebemos que haviam crentes sinceros que além de serem pessoas arrependidas criam que o Messias iria chegar para nos salvar. Creram que Jesus era o Salvador!
Reunião dos fariseus. Imagem: filme Jesus de Nazaré
FARISEUS – considerados Rabinos (mestres), responsáveis pelo ensino da Talmud
Os fariseus eram um grupo político e religioso surgido no período intertestamentário, formado por alguns ricos, porém aberto a pessoas com menor poder econômico. Buscavam seguir rigidamente a lei de Moisés (aceitavam também o restante dos livros do Antigo testamento), acreditavam que a observância total da lei os faziam “justos” diante de Deus, para não se contaminarem evitavam estar onde “pecadores e publicanos” estavam. Jesus combateu suas práticas.
Saduceus em acusação a Jesus. Imagem: filme Paixão de Cristo
SADUCEUS – elite judaica que não criam na ressurreição dos mortos
Também eram um grupo político e religioso judeu na época de Jesus, porém eram mais influentes. Era formada pela elite do povo e tinham forte ligação com o poder romano. Guardavam a lei apenas da Torá (livros escritos por Moisés) e não aceitavam a ressurreição, nem os anjos. Geralmente os sumo sacerdotes eram ligados aos saduceus. Nos evangelhos vemos Jesus os repreendendo por seus ensinos.
Escriba judeu – Karro Art. Imagem: judaica-art.com
ESCRIBAS – responsáveis pela tradição dos anciãos
Os escribas surgiram como copistas reais inicialmente no reinado de Salomão. Porém, após o retorno do cativeiro babilônico os escribas ganharam maiores responsabilidades, sendo considerados doutores da lei. Para alguém exercer tal função deveria começar seus estudos aos 14 anos e só eram aptos para legislar após os 40.  Tinham forte ligação com os fariseus e foram acusados por Jesus por colocarem regras pesadas demais para suportar, onde nem os mesmos conseguiam seguir.
Peter Strauss, um zelote na minissérie Massada. Imagem: BíbliaCenter
ZELOTES – lutavam pela libertação política de Israel
Os zelotes eram um grupo político revolucionário de Israel que lutavam contra a dominação romana. Um dos apóstolos, Simão, era participante desse grupo. Barrabás, que foi liberto no lugar de Cristo, também era militante dos zelotes, inclusive foi preso após cometer homicídio em uma rebelião. Tiveram grande influência na tentativa frustrada de sedição contra o Império Romana, no ano 70 d.C.
Essênios no deserto. Imagem: National Geographic
ESSÊNIOS – grupo separatista judaico que vivia no deserto
Esse grupo formou-se provavelmente na mesma época do que os fariseus. Eram judeus que seguiam estritamente as regras da lei e criam em todo o Antigo Testamento. Tinham hábitos bem peculiares como viver em regiões isoladas, vestir branco, não se casavam e se purificavam antes de comer.  Ficaram bem conhecidos devido aos Pergaminhos do Mar Morto, encontrados em Qumran, um dos refúgios deles.
Rei Herodes. Filme: Jesus, o Natal.
HERODIANOS – criam que o Messias era Herodes
O termo Herodiano é relacionado ao rei dos judeus, Herodes, o Grande, e designa todos os personagens históricos que tinham laços consaguíneos com ele. Partidário de Herodes, o grande. Formava uma seita para sustentar que o rei Herodes seria o Messias. Alguns apontam que o motivo de ele ficar tão irado com a notícia da chegada do Messias era que ele mesmo se considerava o verdadeiro enviado de Deus.
Universum, obra gnóstica. Pintura: Hugo Heikenwalder

GNÓSTICOS – conceito filosófico-religioso que defendia o dualismo

Influenciado por filósofos como Platão, o Gnosticismo é baseado em duas premissas falsas. Primeiro, essa teoria sustenta um dualismo em relação ao espírito e à matéria. Os Gnósticos acreditam que a matéria é essencialmente perversa e que o espírito é bom. Como resultado dessa pressuposição, os Gnósticos acreditam que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos pecados, não tem valor algum porque vida verdadeira existe no reino espiritual apenas. Seu conceito já existia na época de Jesus, porém foi mais forte no início da igreja primitiva.
Coletores de impostos. Pintura: Marinus van Raymerswaele.
PUBLICANOS – coletores de impostos do Império Romano
Publicano é o nome dado aos coletores de impostos nas províncias do Império Romano. Eram detestados pelos judeus e muitas das vezes envolviam-se em corrupção cobrando das pessoas além do que deveriam. E sofriam um grande repúdio da casta religiosa dos fariseus. Mateus, o evangelista, foi publicano e Zaqueu (publicano bastante conhecido por sua corrupção) também chegou a se converter.
FILOSÓFOS GRECO-ROMANOS – a filosofia dos deuses do Olimpo
É o conjunto de mitos e lendas das tradições gregas e romanas da antigüidade que fundiram-se com a conquista da Grécia pelo império romano. Sabemos que essa mitologia teve uma influência direta e indireta na época de Jesus, pois Israel passou sendo por muito tempo dominada pelos gregos e nos Evangelhos quem estava no poder eram os romanos.
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Quase 80% dos brasileiros querem mais mulheres no poder

Carolina Gonçalves – Agência Brasil
Quase 80% dos brasileiros querem mais mulheres no poder
Helena Chagas lembrou que a população brasileira é formada por mais de 52% de mulheres

 BRASÍLIA – Oito em cada dez brasileiros ouvidos pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão (78% dos entrevistados) para uma pesquisa sobre a presença de mulheres na política defenderam a obrigatoriedade de uma divisão com o mesmo número de candidatos e candidatas nas listas partidárias para eleições. Para 1,6 mil entrevistados, essa composição meio a meio da lista de candidatos deveria ser obrigatória nas eleições para o Legislativo municipal, estadual e federal. Os dados fazem parte do estudo Mais Mulheres na Política, divulgado nesta terça-feira (9) em Brasília.

“O Brasil ocupa o 121º lugar com relação à participação das mulheres na política em um ranking de 189 países”, destacou a socióloga Fátima Pacheco Jordão, diretora do Instituto Patrícia Galvão e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras. A lista revela que países como o Iraque e o Afeganistão têm mais mulheres no poder do que no Brasil.

“Não estamos acostumados, nem no futebol, nem na economia, a ter uma posição tão vergonhosa quanto esta. Se continuar neste ritmo, levaremos 150 anos para atingir a paridade [entre homens e mulheres em cargos políticos]. São 15 gerações”, alertou a socióloga.

O levantamento foi feito com base na resposta de mais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos, entrevistados entre 11 e 15 de abril deste ano, em todas as regiões do país. Deste total, a maioria (mais de 1,4 mil) considerou fundamental a alteração nas leis eleitorais para garantir que as mulheres representem a metade dos candidatos a cargos eleitivos. Atualmente, a legislação eleitoral brasileira reserva 30% das candidaturas para as mulheres e apenas 10% do tempo de propaganda eleitoral para cotas de sexo.

No Senado Federal, entre 81 vagas, apenas 13 são ocupados por mulheres, sendo que, atualmente, oito senadoras exercem ativamente a atividade. Apenas uma das 11 comissões da Casa é presidida por uma senadora. Na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, 44 são ocupadas por mulheres e apenas uma das 21 comissões permanentes é liderada por uma deputada. As mulheres ocupam apenas 10% das prefeituras e representam 12% dos membros das câmaras municipais.

A ministra Helena Chagas, que chefia a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, destacou que a pesquisa foi feita meses antes das manifestações que tomaram, recentemente, as ruas do país. “É espantoso o quanto as mulheres têm baixa representação nas instituições polícas do país. O resultado da pesquisa mostra que todos reconhecem isso e que a representação política do país não reflete a sociedade”, afirmou a ministra.

Helena Chagas lembrou que a população brasileira é formada por mais de 52% de mulheres. “Se a mulher, hoje, tem participação expressiva no mercado de trabalho, na política não institucional [em movimentos sociais e empresas, por exemplo], essa presença não se reflete, ao menos numericamente, no Parlamento”, completou.

Ministra da Secretaria de Politicas para as Mulheres da Presidencia - Eleonora MenicucciA ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ressaltou o fato de a maioria dos entrevistados associar a democracia a uma divisão mais equilibrada entre a participação de homens e mulheres nas listas partidárias. “A pesquisa evidencia que não existe processo democrático sem democracia de gênero e sem participação das mulheres.”

Os números divulgados hoje mostraram que, para 74% dos entrevistados, a garantia da democracia depende da presença de mais mulheres nos espaços de poder e tomada de decisões e que quase 1,5 mil entrevistados defendem punição aos partidos que não apresentarem uma lista com 50% de candidatos e 50% de candidatas.

Para Eleonora Menicucci, o estudo mostra que a proposta do Executivo de um plebiscito sobre a reforma política pode alterar a atual situação. “Pretendemos que a sociedade brasileira dê o salto qualitativo da democracia representativa para a democracia participativa.”

A maior parte das pessoas entrevistadas informou ter renda familiar entre um e cinco salários mínimos, sendo que 55% declararam condições equivalentes às da classe econômica C. Mais de 40% dos brasileiros foram ouvidos na Região Sudeste.

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Ministério Público de Minas Gerais apura denúncias contra Telexfree em Belo Horizonte

Ana Clara Otoni – Hoje em Dia
Ministério da Justiça abre processo contra Telexfree por indícios de pirâmide financeira
O trabalho oferecido pela TelexFree consiste em espalhar anúncios pela Internet

 Há pelo menos três meses o Ministério Público de Minas Gerais está apurando denúncias recebidas contra o Telexfree em Belo Horizonte por suspeita de que a empresa tenha envolvimento com formação de pirâmide financeira. O procedimento investigatório criminal corre em sigilo e, por isso, informações sobre as investigações não foram divulgadas, conforme informou nesta terça-feira (9) a assessoria do MPMG.

Nessa segunda-feira (8), a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre manteve a suspensão da empresa para realizar novos cadastros de divulgadores e de efetuar pagamentos aos divulgadores já cadastrados. A proibição ocorreu, pela primeira vez, em 19 de junho. Os bens dos proprietários da empresa estão bloqueados. Com a determinação, a Telexfree amarga o terceiro fracasso na Justiça acreana, que acatou pedido de liminar do Ministério Público do Acre.
O MPMG espera reunir elementos necessários e contundentes para oferecer uma denúncia à Justiça contra a empresa. A Polícia Civil também estaria elaborando a  abertura de um inquérito criminal para verificar a ocorrência de possíveis fraudes no esquema. Contudo, a assessoria da PC informou que não há registro de denúncia ou procedimento policial sobre o caso Telexfree no Departamento de Operações Especiais (Deoesp). É possível que o procedimento seja instaurado na delegacia do consumidor, caso a denúncia comece a ser apurada pela Polícia Civil.
O Ministério da Justiça também abriu um processo administrativo no último dia 28 para apurar as denúncias contra a Telexfree, que atende pelo nome fantasia Ympactus Comercial Limitada.  Com sede no Espírito Santo, a empresa atua pela internet oferecendo serviços de ligações para o exterior a baixo custo. Contudo, a Telexfree divulga o enriquecimento fácil a quem se torna “divulgador” dos serviços da empresa.
Basicamente, o trabalho oferecido pela TelexFree consiste em divulgar anúncios pela Internet. Para participar, porém, o colaborador deve pagar uma taxa de adesão e comprar um “kit” que o habilita à função. A empresa oferece ainda o pagamento de comissão a quem trouxer mais membros. Em vários vídeos no YouTube, o diretor de marketing da empresa Carlos Costa presta esclarecimentos aos “divulgadores” sobre a situação da empresa.
O que é o esquema da pirâmide financeira?
Pirâmide financeira é um modelo comercial não-sustentável e considerado fraude. Muitas vezes o esquema é mascarado sob o sistema de “marketing multinível”. A pirâmide financeira envolve a troca de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas, ou por exemplo, por postagens diárias de anúncios publicitários da empresa na internet, sem qualquer produto ou serviço entregue.
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81% dos brasileiros classificam partidos como corruptos

O Congresso Nacional é a segunda instituição mais desacreditada pelos brasileiros

O Congresso Nacional é a segunda instituição mais desacreditada pelos brasileiros
PUBLICADO EM 10/07/13 – 03h00

Genebra. Os partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos” para 81% dos brasileiros. É o que revela pesquisa Ibope divulgada pela ONG Transparência Internacional. Isso quer dizer que quatro de cada cinco pessoas põem em xeque a base da representação política no país.

Os números do levantamento, concluído em março, traduzem uma insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de manifestações que se alastraram pelas cidades brasileiras.

Se comparados à percepção de moradores de outras áreas do globo, fica claro que os brasileiros estão mesmo descontentes. Na média dos 107 países que participaram da pesquisa, algo em torno de 65% dizem que os partidos são “corruptos ou muito corruptos”. A mesma pesquisa, feita em 2010, mostra que, no Brasil, a situação se agravou: três anos atrás, o índice de descontentamento sobre o tema era de 74%.

Os dados nacionais sobre percepção de corrupção – obtidos após entrevistas com 2.002 pessoas – mostram também que, depois dos partidos, o Congresso é a segunda instituição mais desacreditada. Cerca de 72% da população o classificam como “corrupto ou muito corrupto”. Na média mundial, o índice é de 57%.

A pesquisa ainda perguntou se os entrevistados consideravam eficientes as medidas dos governos contra a corrupção: 56% dos brasileiros disseram que não; 54% da média mundial também.

Os dados mostram que, no Brasil, 81% dos entrevistados disseram que podem fazer a diferença no combate à corrupção. Nas médias dos países, o índice é de 65%. Numa escala de um a cinco, onde cinco é o grau máximo de corrupção, o setor público brasileiro atingiu nota 4,6. A taxa é mais elevada que no resto da América Latina

Outra constatação do levantamento é que, no Brasil, a proporção de pessoas dispostas a denunciar a corrupção é mais baixa que a média mundial: 68% contra 80%.

A pesquisa mostra ainda que um a cada quatro entrevistados no Brasil admitiu ter pagado propina nos últimos dez meses para ter acesso a um serviço público.

Aécio. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, disse, ontem, que espera que seu partido esteja entre aqueles que os cidadãos consideram como não corrupto. “Espero que estejamos dentro dos 19%. Eu me considero”, disse o tucano, após reunião da executiva nacional do partido em Brasília.

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Deputados aprovam fim do voto secreto na Assembleia de Minas

A Proposta de Emenda Constitucional está em tramitação desde 2011, mas a pressão das ruas fez a matéria voltar para a pauta de votação neste ano

Iracema Amaral

Publicação: 09/07/2013 10:39 Atualização: 09/07/2013 11:59

Deputados estaduais votaram em plenário, na manhã desta terça-feira, o fim do voto secreto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A proposição foi aprovada em segundo turno por unanimidade dos presentes, 59, de um total de 77 parlamentares da Casa. Para virar lei, a a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), datada de 2011, precisava da aprovação de no mínimo 48.

A PEC 3/11 foi aprovada nesta terça-feira no rastro da pressão popular para mudanças na política brasileira, reivindicadas durante manifestações  ocorridas no mês passado nas ruas de várias cidades do país. A partir de hoje, as principais proposições que tramitam na Casa passam a ser realizadas com voto nominal, por cada deputado e registrado no painel eletrônico.

Tramitação

A PEC já havia sido aprovada em primeiro turno em julho do ano passado com 56 votos favoráveis e ficou parado desde então. Com as manifestações populares nas últimas semanas, o texto voltou à agenda do Legislativo mineiro, que apresentou uma nova versão na semana passada, ampliando a proposta para a abertura de todas as votações. Inicialmente, ficaria mantido o direito de sigilo dos parlamentares para deliberação sobre perda de mandato dos colegas, a eleição da mesa diretora e a exoneração ou destituição do procurador-geral de Justiça. Pela versão atual, esses procedimentos também passam a ser abertos.

Além deles, os parlamentares tinham o voto mantido sob sigilo e passam a abrir as votações de vetos do Executivo a projetos aprovados no Legislativo, de escolha dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, de membros de conselhos do governo, de interventor em municípios e de titulares de cargos da administração pública. Apesar de algumas resistências, de quem entende que o anonimato pode servir como uma proteção à independência dos poderes, evitando influências do Executivo, houve consenso no sentido de que o eleitor tem o direito de saber como votou o deputado que ele elegeu.

Gerou discussão, mas foi incluída emenda da oposição que torna nominais todas as votações, exceto as de requerimentos. Ou seja, os deputados terão de estar presentes e opinar via painel eletrônico, ficando proibidas as chamadas votações simbólicas, nas quais muitas vezes projetos de lei são aprovados mesmo com número insuficiente de parlamentares no plenário.

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Aécio diz que não está entre os 81% de políticos “corruptos”

Agência Estado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta terça-feira (9) que espera que seu partido esteja entre aqueles que os cidadãos consideram como não corrupto. A afirmação foi feita após ele ser questionado sobre o resultado de pesquisa Ibope divulgado pela Transparência Internacional que aponta que cerca de 81% dos brasileiros consideram os partidos “corruptos ou muito corruptos”.

Na prática, o levantamento mostra que quatro de cada cinco pessoas põem em xeque a base da representação política no País. “Espero que estejamos dentro dos 19%. Eu me considero”, disse o tucano, após reunião da Executiva Nacional do partido em Brasília.

Entre os pontos propostos, está o fim da reeleição para um mandato de cinco anos; introdução do voto distrital misto; fim das coligações proporcionais; mudança no sistema de escolha e redução do número de suplentes de senador; cláusula de barreira para os partidos; e mudança no sistema de contabilidade do tempo de rádio e TV nas disputas eleitorais.

O senador também foi questionado sobre o posicionamento do partido em relação à votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado de autoridades. A proposta pode ser votada nesta semana e encontra resistência de alguns setores do PSDB, que defendem que a nova regra não tenha valor sobre os processos em julgamento nos tribunais superiores. Aécio, no entanto, disse que o tema ainda está em debate dentro das bancadas da Câmara e do Senado.

“Essa não foi uma questão discutida hoje na Executiva até porque está sendo discutida na nossa bancada da Câmara e do Senado. Mas não há posição do partido em relação a essa questão”, afirmou.

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Concessionários de ônibus de Belo Horizonte abandonam o País

Segundo agência de viagem que atende o Setra/Sintram, mais de 32 passagens aéreas foram emitidas na sexta-feira (05), para os empresários e seus familiares, tendo como destino Miami, Barcelona, Paris e Montevidéu. Nossa reportagem apurou que sexta-feira após ser noticiado pela imprensa que o Ministério Público havia instaurado procedimento solicitando diversos documentos da Bhtrans, alguns empresários seguindo orientação de seus advogados ausentaram-se do país para evitar serem intimados a prestar esclarecimentos.

Funcionários dos consórcios das empresas que operam o transporte de passageiros em Belo Horizonte denunciaram ao Novojornal no sábado (06), que estavam sendo retirados das empresas grande volume de documentos e encaminhados para a sede do sindicato situado na Rua Aquiles Lobo 504.

Nossa reportagem compareceu ao local e constatou a chegada de dois furgões FIAT fechados e uma caminhonete S 10. Vigias de imóveis vizinhos confirmaram que desde cedo havia sido grande a movimentação de outros veículos, permanecemos todo sábado e domingo nas imediações do Setra/Sintram.

No domingo houve movimento de veículos entrando e saindo pela garagem do prédio, porém, desta vez tratava-se de carros de alto luxo e não veículos de carga, o que nos leva a crer que se a documentação foi levada para o prédio, a mesma ainda continua no local.

Conforme demonstrado através de relatório da Controladoria da Prefeitura de Belo Horizonte, de 2008 até parte de 2012 o setor movimentou perto R$ 8 bilhões. Considerando que neste período houve um aumento indevido nas passagens de 11%, além da diferença entre o valor da tarifa constante na planilha de licitação de R$ 1.85 e o valor cobrado de R$ 2.10, chegamos a uma apropriação indevida pelas empresas de quase R$ 1 bilhão.

São 37 milhões de pessoas que usam o transporte coletivo por mês, para se deslocar na capital mineira em veículos pertencentes aos consórcios de empresas que venceram a licitação ocorrida em 2008.

O Ministério Público de Minas Gerais e especialistas vêem indícios de direcionamento na licitação e falta de concorrência na exploração do serviço, porém até agora muito pouco pôde ser visto diante das dificuldades de acesso a informações sobre os contratos.

Segundo levantamento feito pela reportagem do Jornal “O Tempo”; “com base nos contratos de concessão divulgados há uma semana pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), pelo menos oito representantes de empresas vencedoras da licitação realizada em 2008 aparecem em mais de um consórcio. É o caso, por exemplo, do diretor da Coletivos São Lucas, João Lopes de Andrade, que representa a empresa no consórcio Dez, que opera na região Oeste e Barreiro. Lopes aparece à frente também da empresa Coletur – Coletivos Urbanos, no contrato firmado com o consórcio Dom Pedro II, que atua na região Noroeste da cidade.

“Em princípio, uma mesma pessoa não pode representar duas empresas em mais de um consórcio, pois há indícios de formação de cartel”, explica o promotor de defesa do patrimônio público Eduardo Nepomuceno. “O representante, ainda que não tenha participação no capital social da empresa, tem poderes para apresentar preços e interesses. Se uma empresa sabe a proposta da outra, ela também mitigaria o princípio do sigilo em uma concorrência”, completa Nepomuceno.

Já o ex-presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha, responsável por conduzir o processo na época, acredita não ter nenhuma irregularidade no certame, já que os consórcios vencedores não competiram entre si nos quatro lotes licitados. “O que não poderia é uma mesma pessoa representando duas empresas fazer a proposta para um mesmo lote. Mas elas operam em regiões diferentes da cidade”.

Mas o professor de direito administrativo da Faculdade Ibmec Alexandre Bahia faz uma ressalva. “Na teoria, as empresas devem defender diferentes interesses em uma concorrência. Isso levanta suspeitas quanto à lisura da licitação, pois não sabemos a influência delas sobre as que perderam”.

Por dois dias, O TEMPO tentou localizar empresários cujos nomes aparecem em diferentes contratos, sem sucesso. No caso de Lopes, dois sócios dele foram encontrados, mas nenhum quis comentar o assunto. A prefeitura também não se pronunciou.

A reportagem de O TEMPO também teve dificuldades para ter acesso a detalhes da licitação para o transporte coletivo de Belo Horizonte. No resultado publicado no “Diário Oficial do Município” (DOM), em 2008, aparece apenas a pontuação obtida por cada consórcio participante, mas não os valores das ofertas apresentadas pelas empresas para prestar o serviço.

Segundo o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, os consórcios foram escolhidos com base em dois critérios. “Essa licitação foi ganha pela combinação ponderada de melhor técnica (padrão de ônibus, garagem etc) e o valor de outorga, ou seja, o preço pelo direito de explorar o serviço”.

Mas questionado sobre os valores apresentados pelos consórcios perdedores, o órgão se limita a dizer que “a informação não está disponível”. O pedido da reportagem para ter acesso aos contratos que vigoraram entre 1998 e 2008, para saber se as empresas que operavam eram as mesmas do sistema atual, também não foi atendido”.

Para especialista do setor, toda iniciativa das empresas no intuito de evitar a entrega da documentação, em relação ao faturamento só atrapalha, mas não impede a investigação, uma vez que toda movimentação financeira do setor é feita através do Banco Rural, porém para alguns é exatamente este o motivo da desconfiança, tendo em vista o histórico do banco.

O Setra BH consultado pela reportagem do Novojornal optou por nada comentar.

Documento que fundamenta a matéria:

Relatório da Controladoria da Prefeitura de Belo Horizonte sobre o faturamento da empresas de Ônibus que operam na cidade

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O movimento quer moralizar a instituição e passará a pedir a cassação de seis vereadores acusados de utilização indevida de verba pública

O que parecia parado e esquecido, em relação à prática dos vereadores de Belo Horizonte, passou a integrar a pauta de reivindicação dos movimentos sociais que ocuparam a casa até esse domingo (07). Até agora alheios a vontade popular, é bem possível que os vereadores da capital passem a ser fiscalizados e cobrados por suas ações.

Embora apontado como motivo a moralização da Câmara Municipal de BH, nota-se claramente a insatisfação e o descrédito do movimento com alguns vereadores, que optaram por total omissão e subserviência aos interesses dos concessionários de ônibus, foram poucos os vereadores que se dispuseram a manifestar contra as irregularidades existentes no setor.

Os vereadores que integram a lista dos movimentos sociais são; Antônio Torres Gonçalves (PSL), Autair Gomes Pereira (PSC), Bruno Martuchele (PST), Daniel Nepomuceno (PSB), Iran Barbosa (PMDB) e Leonardo Mattos (PV), eles teriam utilizado, na campanha eleitoral, verbas da Câmara Municipal para indenização de gastos com combustíveis.

A utilização irregular de combustível baseou-se em uma ação de investigação judicial eleitoral (AIEJ), como punição os vereadores foram apenas multados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

Além da ação na Justiça Eleitoral, da qual ainda cabe recurso, eles serão denunciados pela Promotoria de Patrimônio Público por improbidade administrativa. Um inquérito para apurar possível prejuízo aos cofres públicos foi instaurado pelo promotor Júlio César Luciano, um dos responsáveis pela ação movida contra os vereadores no TRE-MG.

Em sua sentença o juiz determinou apenas a aplicação de multa, mas cita no despacho a possibilidade de os vereadores serem cassados em uma possível ação de improbidade. Em alguns trechos de sua sentença, ele afirma que os vereadores tentaram enganar a Justiça alterando a relação das placas registradas e também forjando depoimentos de que nos postos existiam contas separadas para os mesmos veículos, uma para as atividades do gabinete e outra para a campanha eleitoral. De acordo com o MP, durante a campanha os denunciados gastaram entre julho e setembro R$ 54,3 mil em gasolina.

Todos os vereadores alegaram em sua defesa que não houve uso de bem público durante a campanha, pois os veículos plotados com propaganda eram de particulares e não da Câmara. Todos vão recorrer da sentença. O juiz, no entanto, não acatou esse argumento. Segundo ele, “não era o veículo (que é um bem particular) que teria implicado na conduta vedada, mas, repita-se, o uso do combustível (que era um “bem público”) pago com verba pública (verba indenizatória) que conduz ao ilícito eleitoral”. “As provas explicitam – e demonstram – que veículos adesivados/plotados foram abastecidos com dinheiro do erário durante a campanha eleitoral”.

O processo número TRE-MG 53.380 foi encaminhado nesta segunda-feira (8) para corte do TRE e distribuído para o relator Juiz Maurício Pinto Ferreira.

O advogado dos vereadores assim como ocorreu em outros processos  envolvendo integrantes da Câmara Municipal de Belo Horizonte é o Doutor Sérgio Augusto Santos Rodrigues, filho do presidente do TJMG.

Documento que fundamenta a matéria:

Movimentação do processo TRE-MG 53.380

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PMMG recusa o comando do Exército

Embora o Governador de Minas, Antonio Anastasia, tenha solicitado a intervenção do Exército para comandar as forças da PMMG destacadas para deter a manifestação popular que vem ocorrendo na capital do Estado, na área demarcada como da FIFA. Principalmente no jogo da seleção brasileira que ocorrerá no Mineirão nesta quarta-feira (26), a corporação militar mineira recusou-se a este comando.

No lugar de policiais, uma barreira física será instalada na Avenida Abrahão Caram, na Pampulha, para bloquear a passagem de manifestantes rumo ao Mineirão. A medida foi anunciada na noite dessa terça-feira pelo governador Antonio Anastasia após reunião de três horas com representantes do Comitê Popular dos Atingidos Pela Copa 2014 (Copac – BH). Segundo o governador, as forças policiais acompanharão a mobilização à distância.

O entroncamento das avenidas Antônio Carlos e Abrahão Caram foi palco de violento confronto entre policiais e manifestantes. Na reunião, foi assinado um documento com propostas para que novas manifestações transcorram de maneira pacífica. De acordo com o governador, a barreira física será o ponto de bloqueio dos manifestantes, sem a presença dos policiais militares.

“É nosso dever garantir a segurança dos manifestantes, a todas as pessoas, reiterar que a manifestação, como diz o documento, deva ocorrer de maneira pacífica, tranquila, serena. As recomendações dadas à Polícia Militar, às forças de segurança, são exatamente nesse sentido”, disse Anastasia.

Quem deverá fazer o policiamento nesta área demarcada como da FIFA será a Guarda Nacional, vinculada ao Ministério da Justiça e o Exército Nacional. Matérias do Novojornal:“Exército pode assumir o comando da PMMG em Belo Horizonte” e Anastasia nega,mas Exército já atua abertamente em BH  Exército esclarece movimentação de blindados na BR 381, já davam conta deste fato.

Na noite desta terça-feira (25), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio de nota, informou que a Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança não vão utilizar as instalações do Campus Pampulha nesta quarta-feira (26), porém foi ressaltado que medidas de segurança serão adotadas para preservar a universidade.

Segundo a instituição, forças do Exército vão atuar na proteção da unidade do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) – que pertence ao Conselho Nacional de Energia Nuclear, e não à universidade, mas é localizado no campus Pampulha. O local, de acordo com a UFMG, é uma área de segurança nacional.

O Campus estará fechado, restrito a circulação de pessoas da comunidade acadêmica que tiverem obtido autorização prévia.

Um esquema especial de prevenção e combate a acidentes, incêndios e de atendimento para emergências foi montado pelo Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais para esta quarta-feira (26), durante a semifinal da Copa das Confederações, no Mineirão. O aparato inclui reforço nas equipes dentro e no entorno do estádio.

Durante todo o dia, equipes do Corpo de Bombeiros permanecerão nos principais pontos da cidade, em um trabalho integrado com as polícias Militar e Civil. Mais de 500 profissionais das áreas de saúde e segurança foram convocados para atuar dentro e fora do Mineirão. O planejamento também inclui o trabalho de bombeiros em outros pontos da capital.

“Desta forma, será possível uma remoção mais rápida para fora da zona de manifestação para triagem e encaminhamento correto à rede de hospitais de referência, sem sobrecarregar as instituições”, afirma o assessor de comunicação dos Bombeiros, capitão Frederico Pascoal.

Dois postos de atendimento médico serão montados em locais previstos para a concentração de um grande número de pessoas: no entorno do Mineirão (Avenida C, esquina de Abrahão Caram) e no 3º Batalhão de Bombeiros (Avenida Antônio Carlos). Uma terceira estrutura de atendimento, a Área de Concentração de Vítimas (ACV), será montada no Parque Municipal, para prestar um primeiro atendimento se necessário.

O SAMU vai funcionar normalmente via o canal 192 e os bombeiros seguirão atendendo pelo canal 193, que conta com 210 militares de 68 viaturas. Nove viaturas de resgate do Corpo de Bombeiros e outras quatro do SAMU, além de dois helicópteros com equipes médicas e um helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas dos Bombeiros, estarão à disposição para o transporte de pacientes.

Vítimas graves serão encaminhadas aos hospitais Risoletta Neves, Odilon Behren e João XXIII. As unidades terão um reforço em sua escala de profissionais e irão suspender as cirurgias eletivas especialmente nesta quarta-feira. Já o Hospital Eduardo de Menezes vai funcionar como um hospital de retaguarda, somente para casos infecciosos.

Confira a seguir onde as equipes de atendimento médico e do Corpo de Bombeiros estarão localizadas:

Equipes do Corpo de Bombeiros

– Praça da Estação

– Entorno do Mineirão

– Praça Sete

– 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros (Av. Antônio Carlos)

– Praça da Liberdade

– Assembleia Legislativa

– Prefeitura Municipal de BH

– Câmara dos Vereadores

– Imprensa Oficial

– Hotéis Ouro Minas e Caesar Business

Equipes de atendimento médico

– Posto Médico Avançado na Avenida C esquina de Avenida Abraão Caram

– Posto Médico Avançado na Avenida Antônio Carlos (3º Batalhão dos Bombeiros)

– Área de Concentração de Vítimas no Parque Municipal

– SAMU (192)

– Bombeiros (193)

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Foragido da Justiça é preso em Ribeirão das Neves

Um homem, de 47 anos, que estava foragido da Justiça, foi preso nesta quinta-feira (20), em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com informações da Polícia Militar,  José de Arimateia Cota cumpria regime semiaberto por roubo, mas havia fugido do presídio há um ano. Militares do 40º Batalhão chegaram ao homem após ele roubar um  smartphone na semana passada e ter esquecido de desligar o GPS do aparelho.

A polícia conseguiu localizar a casa de José de Arimateia, no bairro Urca, e efetuou a prisão. Durante buscas no imóvel, militares apreenderam três armas. O homem foi encaminhado à Delegacia de Plantão da cidade.

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Concessionários insensíveis debocham dos manifestantes em BH

Mesmo após onda de manifestações, os concessionários de ônibus recusam-se a diminuir seus ganhos para viabilizar a redução na passagem de ônibus em BH e na Região Metropolitana. Encurralado conforme matéria; “Porque Aécio não conta a verdade sobre as tarifas de ônibus”, o governador Anastasia recusa-se a discutir qualquer diminuição da tarifa da Região Metropolitana gerenciada pelo DER-MG.

Já o prefeito Marcio Lacerda promete enviar para a Câmara projeto de lei que propõe a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS, sem, contudo mexer no ganho dos concessionários.

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Em nota divulgada pela prefeitura nesta quarta-feira (19), o prefeito Marcio Lacerda anunciou que:

“vai enviar para a Câmara Municipal um projeto de lei que propõe a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) na incidência dos custos do transporte coletivo. A medida tem como objetivo tentar viabilizar a redução dos preços da tarifa do transporte coletivo em Belo Horizonte”.

Ainda de acordo com a nota, a prefeitura está finalizando a elaboração do projeto e, nesta quinta-feira (20), vai apresentar os detalhes da proposta.  A reportagem do Novojornal desde ontem tenta contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

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PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO 001/2013

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO 001/2013

Os recursos relativos ao Processo Seletivo Simplificado deverão ser protocolados “em formulário próprio”,  aos cuidados da Comissão de Coordenação de Processos Seletivos – PSS/RN nº 001/2013, na Gerência de Protocolo da Prefeitura, localizada à Rua Ari Teixeira da Costa, nº.  100 – Bairro Savassi, somente no dia 07/06/2013, das 8h às 17h.

 O resultado final será divulgado após a análise dos recursos impetrados.

 

Fornulário Para Recurso DOWNLOAD
Edital 001/2013 DOWNLOAD

Para mais informações entre em contato pelo email pss001213@ribeiraodasneves.mg.gov.br ou pelo telefone (31) 3627-5375 / 5621.

Consulte abaixo a tabela com a classificação dos candidatos do Processo Seletivo Simplificado 001/2013:

 

Classificação Assistente Social DOWNLOAD
Classificação Auxiliar Administrativo DOWNLOAD
Classificação Oficineiro DOWNLOAD
Classificação Psicólogo DOWNLOAD
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Pastor Marcos é flagrado pela polícia em escutas ‘picantes’ com fiéis de sua igreja Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pastor-marcos-flagrado-pela-policia-em-escutas-picantes-com-fieis-de-sua-igreja-8460128.html#ixzz2U32Dyn5X

Pastor Marcos é flagrado pela polícia em escutas ‘picantes’ com fiéis de sua igreja

Foto: Divulgação / Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias
Rafael Soares
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Em escutas autorizadas pela Justiça que já estão sendo investigadas pela polícia, o pastor Marcos Pereira é flagrado em conversas picantes com fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias.

Em uma das quatro conversas a que o EXTRA teve acesso com exclusividade, o pastor, antes de se despedir de uma fiel que falava com ele do seu celular de seu carro, avisa: “Tô com saudade do seu rabo”. Marcos foi preso no último dia 8 acusado de dois estupros de fiéis. A polícia ainda investiga se o pastor estuprou outras 20 mulheres que moravam na igreja.

 

Em quatro conversas obtidas pelo EXTRA, pastor mostra intimidade com fiéis
Em quatro conversas obtidas pelo EXTRA, pastor mostra intimidade com fiéis

 

Em outro diálogo, uma mulher insinua que “o pastor ia gostar” de uma lingerie que ela usou: “Ontem coloquei um negócio muito legal que o senhor ia amar, eu acho”, ela diz. Marcos ri e avisa: “Fica ligada, fica ligada”. A mulher tranquiliza o pastor: “Mas era por baixo”. Em depoimentos à polícia, vítimas do pastor afirmaram que ele mandava que fiéis fossem a seu gabinete na igreja sem roupas íntimas.

 

 

 

O apartamento na Av. Atlântica, em Copacabana onde, segundo vítimas, o pastor realizava orgias com fiéis também é mencionado em uma das escutas. Na conversa com uma fiel, ele combina a ida dela para o local e diz que ela pode levar outra mulher, “aquela sem vergonha, a Fabiana”.

Uma fiel também se oferece para ajudar o pastor a tomar banho: “Vem embora logo”, responde ele.

Em conversa, pastor marca encontro com fiéis no apartamento de R$ 8 milhões na Av. Atlântica
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Pastor é flagrado em escutas pornográficas com fiéis; confira áudio

Reprodução

Conversas telefônicas picantes entre o pastor Marcos Pereira e fiéis da igreja Assembléia de Deus dos Últimos Dias estão sendo investigadas pela polícia. Pereira é acusado de estuprar duas fiéis adolescentes.

Ele pode ainda ter violentado outras 20 mulheres que moravam na igreja onde residia. A polícia ainda apura as demais denúncias feitas contra o religioso.

“Tô com saudade do seu rabo”

Conforme publicou o jornal “Extra”, em uma das quatro conversas que a reportagem teve acesso, o pastor, antes de se despedir de uma fiel que falava com ele do seu celular de seu carro, avisa: “Tô com saudade do seu rabo”. A polícia ainda investiga se o pastor estuprou outras 20 mulheres que moravam na igreja.

escuta telefônica

O material em análise diz respeito a escutas gravadas com autorização da Justiça. No áudio, o pastor, que está preso desde o último dia 8, mantém conversas picantes com uma das fiéis supostamente abusadas pelo religioso.

Em um dos trechos, ele diz: “tô com saudade do seu rabo”. Ela, por sua vez, responde: “tá nada”. A situação deixa o pastor revoltado: “não sou mentiroso. Coisa que fico bolado é quando me desmente”.

A polícia também conseguiu ter acesso a outras conversas, como a de uma mulher, supostamente frequentadora da igreja, que insinua que “o pastor ia gostar” de uma nova lingerie que ela teria comprado: “ontem coloquei um negócio muito legal que o senhor ia amar, eu acho”.

O pastor, curioso, responde à mulher pedindo que ninguém soubesse da situação. “Fica ligada, fica ligada”, disse.
Além dos dois estupros, o pastor

No apartamento de R$ 8 milhões, na Av. Atlântica, em Copacabana onde, segundo vítimas, o pastor realizava orgias com fiéis também é mencionado em uma das escutas. Na conversa com uma fiel, ele combina a ida dela para o local e diz que ela pode levar outra mulher, “aquela sem vergonha, a Fabiana”.
Uma fiel também se oferece para ajudar o pastor a tomar banho: “Vem embora logo”, responde ele.

O “Extra” teve acesso ao áudio. Clique aqui para ouvir a conversa 

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espionagem

PGR-MG vem sendo utilizada para monitorar matérias do Novojornal

Só mesmo em pleno Regime Militar as instituições da República foram utilizadas de maneira indevida para instaurar procedimentos investigatórios fundamentados na quebra da segurança Jurídica e das garantias individuais constitucionais, como vem ocorrendo em Minas Gerais. Novojornal, desde 2006 denuncia este fato e já havia sido vítima deste esquema em 2008, o que novamente ocorre, desta vez através da PGR-MG.

Chegou à redação do Novojornal, no início do mês de fevereiro deste ano, uma denúncia de que desde o final do ano passado, através de uma representação do ex-procurador da república e advogado do senador Aécio Neves, Dr. João Batista de Oliveira Filho que se encontrava em andamento na Polícia Federal sobre a classificação de “Sigiloso”, um procedimento investigatório contra o Novojornal e seu diretor responsável Marco Aurélio Carone.

Tratava-se de uma denúncia de que Novojornal estaria tentando chantagear o Senador Aécio Neves através da publicação de notícias consideradas caluniosas e desfavoráveis a sua pessoa. Tudo começara a partir de uma série de indagações sobre sua participação em ocorrências criminosas, feitas porNovojornal ao próprio senador, a pessoas e instituições ligadas aos fatos que seriam citados na matéria.

Sem qualquer controle sobre a pauta editorial do portal jornalístico e com o receio de ajuizar uma ação criminal, uma vez que em todas as tentadas anteriormente Novojornal argüiu a exceção da verdade, provando serem os fatos noticiados verdadeiros, optaram por utilizar por um período superior ao que a lei determina uma investigação para monitorar ligações, trafego de dados, enfim, tudo que o diretor responsável do Novojornal fez nos últimos seis meses.

O pior, Andréa Neves, Aécio Neves, Danilo de Castro, Dr. João Batista de Oliveira e outros auxiliares vêm espalhando a notícia de que Novojornal operava um esquema criminoso e que a qualquer momento Marco Aurélio Carone seria preso, espantando amigos,familiares, anunciantes e até mesmo funcionários em clara prática de terrorismo.

Ciente de que Novojornal e seu diretor responsável não estão acima da lei, desta forma, como todo cidadão sujeito a análise de seus atos pelas autoridades constituídas, permanecemos silenciosos aguardando a conclusão do procedimento investigatório, o que não ocorreu e, segundo fontes da própria Polícia Federal, não tem como ocorrer, pois nada foi encontrado contra o Novojornal. 

Evidente que esta não é a primeira vez que tal fato ocorre em relação ao senador Aécio Neves e oNovojornal. A Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais, através do ex-procurador geral Dr. Jarbas Soares, manteve um procedimento semelhante por quatro anos sem nada apurar, apenas para justificar o monitoramento e escuta telefônica, além do empastelamento promovido no portal jornalístico. O fato foi analisado pelo TJMG que constatou a arbitrariedade cometida condenando o MPMG.

Porém, desta vez o senador Aécio Neves foi longe demais, pois sua digital encontra-se na denúncia e a mesma não pode desaparecer como parece ser o desejo da ala tucana da PGR-MG, ela tem que vir a público, é necessário que a população tome conhecimento do que foi denunciado e do que foi apurado.

Mas diante desta inércia que certamente só será quebrada através de medidas judiciais, optamos por informar aos nossos leitores quais são os temas das matérias que Novojornal está trabalhando que provocaram esta atitude do senador Aécio Neves.

A primeira matéria aborda a participação do atual senador Aécio Neves em diversos crimes e acidentes com morte ocorridos entre 1985 e 2000, que embora investigados através de inquéritos policiais, os procedimentos desapareceram.

A segunda diz respeito ao envolvimento do atual senador Aécio Neves, na década de oitenta, com uma quadrilha de tráfico de drogas comandada pelo irmão de sua então namorada, onde ocorreu à morte de dois policiais civis, inquérito igualmente sumido.

A terceira aborda fatos constantes do prontuário médico das diversas internações do senador Aécio Neves por overdose, no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, durante os oito anos que governou Minas, fato indagado ao senador que se negou a comentar.

Porém, a insatisfação de Aécio e sua irmã Andréa com o Novojornal vem desde 2006, quando o portal jornalístico foi fundado. Durante este período, assim como procede em relação aos demais veículos de imprensa, o Governo de Minas destinou ao Novojornal uma verba denominada de mídia indireta.

Como veículo comercial evidente que o portal jornalístico aceitou, porém, durante anos resistiu, discordando da submissão de sua linha editorial a vontade de Andréa Neves, o que acabou em retaliação com a suspensão da verba recebida, assim como Andréa passou a interferir sobre outros anunciantes alegando que os mesmos estariam patrocinando um veículo de oposição ao Governo.

É no mínimo lamentável que a PGR-MG aceite participar de um procedimento com este. Só a certeza da impunidade explica o fato de um Procurador da República utilizar o aparelho Estatal para monitorar a imprensa, para manter informado um político e por conseqüência o seu esquema criminoso.

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Acidente causado por óleo em pista da BR-040 deixa pessoa gravemente ferida em Ribeirão das Neves

Um acidente envolvendo um carro de passeio e uma moto deixou uma pessoa gravemente ferida na manhã desta sexta-feira (10), na BR-040. A batida aconteceu no KM 518, na altura do bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, no sentido Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, após a colisão, o carro saiu da pista e caiu em uma vala. O motociclista foi atendido pelo Corpo de Bombeiros.

Um outro acidente, no mesmo trecho, não teve feridos.

A pista ficou interditada temporariamente devido ao derramamento de óleo. No momento não há retenções no local.

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Irmãos e comparsa que ameaçavam moradores são presos com drogas após agressão contra policiais

Dois irmãos e um comparsa foram presos por tráfico de drogas em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, durante o fim da noite desse sábado (11). O trio, que chegou a agredir os policiais durante a prisão, foi alvo de denúncias feitas por moradores do bairro Florença, que afirmaram que os detidos os amedrontavam com frequência e uso de armas.

No endereço indicado pelos denunciantes, uma casa da avenida Ida Jubeline, os militares do 40º Batalhão da Polícia Militar observaram a movimentação dos suspeitos, que jogaram algo pela janela ao notar a presença da polícia.

Durante conferência do material dispensado, os policiais descobriram que o trio havia jogado uma arma, uma barra de pasta-base de cocaína e várias pedras de crack. Em seguida, os militares foram surpreendidos pelo trio, que saiu correndo do imóvel e os agrediu com socos e pontapés. A agressão foi contida com o uso de bastões e os três homens presos em flagrante.

Após buscas na residência usada pelo trio para vender drogas com a ajuda de cães farejadores, os policiais ainda apreenderam mais drogas. Os entorpecentes foram achados dentro de uma mochila preta e amarela, que estava enterrada no lado de fora da casa, mais precisamente embaixo de um pé de bananeira. Um Gol prata, uma motocicleta preta e um Corcel bege foram localizados estacionados no imóvel, mas, como não havia queixa furto ou roubo relacionados aos veículos, eles não foram apreendidos.

Cleidson Viana da Silva, de 23 anos, Stephano Viana da Silva, 24, e Wenderson Trindade da Silva, 20, que confessaram comercializar entorpecentes, foram encaminhados à Delegacia de Plantão de Ribeirão das Neves. Os detidos precisaram também ser levados para o Hospital São Judas Tadeu, já que sofreram ferimentos ao lutar com os policiais.

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Câmara Municipal de Belo Horizonte transforma-se em central de propina Ex-operador da Lista de Furnas, vereador Wellington Magalhães, liderando outros vereadores, monta central de propina através da Lei de Uso de Solo

A impunidade, aliada à pouca memória e total desinteresse da população, sempre desinformada, devido acordo entre grupos criminosos e grande parte da mídia, faz com que determinados políticos continuem em atividade mesmo após comprovadamente terem participado de gigantesco esquema de corrupção.

O polêmico vereador de Belo Horizonte Wellington Magalhães vem há mais de uma década operando como coletor e representante dos interesses do chefe da Gangue dos Castros, o ex-deputado, hoje secretário de Governo de Minas Gerais, Danilo de Castro, junto às diversas organizações criminosas, volta a atuar.

Em relação ao esquema denominado “Lista de Furnas”, fora Magalhães, na condição de assessor de Dimas Toledo, o encarregado de transportar e distribuir pelo Brasil o dinheiro arrecadado. Danilo de Castro foi o recebedor destes recursos em Minas Gerais.

Tendo abaixado a poeira da “Lista de Furnas”, através de uma milionária iniciativa, novamente a dupla Danilo de Castro e Wellington Magalhães conseguem derrotar o dirigente do PSDB, Marcos Pestana e o prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, assumindo através do vereador Leo Burguês a direção da Câmara Municipal de Belo Horizonte, segundo denúncias, dando início a uma nova fonte de arrecadação de propina.

A conquista da Câmara Municipal de BH é tão estratégica e rendosa para a “Gangue dos Castros” que, diante da possibilidade de ver esfacelada a conquista através da perda de mandato do presidente eleito Leo Burguês, nem mesmo o presidente do TJMG foi poupado, entrando em cena através de seu filho que na qualidade de advogado de Burguês, reverteu uma cassação já consolidada no TERMG.

Pequenas construtoras, asfixiadas pelas grandes, denunciaram ao Novojornal que o grupo de vereadores, liderados por Wellington Magalhães, celebraram um pacto com as gigantes do setor imobiliário pela criação de uma estrutura paralela, desprezando e desrespeitando a Lei que determina a utilização do corpo técnico e jurídico da Casa Legislativa, contratando e utilização serviços terceirizados de consultoria para elaborar uma camisa de força na qual nada possa ocorrer nesta área no município sem seu controle.

Na verdade o Legislativo Municipal foi terceirizado, segundo críticos, “uma maneira nova que se fizer escola em breve estará tão popular como a privatização”. Por trás, como dito, quem está financiando o “projeto” são as maiores imobiliárias e construtoras do País, no intuito de verem suas pretensões atendidas na mudança de zoneamentos e outros procedimentos regulados pela Lei de Uso do Solo.

Um ínfimo exemplo do que esta sendo negociado. Um terreno que tem aproveitamento construtivo para residência que vale R$50.000,00, após uma modificação, permite que no mesmo possa ser construído um prédio, passando a valer R$ 500.000,00.

Imagine os valores envolvidos em uma cidade do tamanho de Belo Horizonte, onde 60% de seu território reivindica esta transformação, sem dizer as modificações de áreas residenciais em comerciais, criação de zonas especiais e outras diretrizes. Novojornal tentou ouvir o vereador Wellington Magalhães sobre as acusações e não obteve sucesso.

Email encaminhado por Novojornal ao Vereador Wellington Magalhães

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Reportagem da revista IstoÉ traça um perfil do professor de Direito Luiz Moreira, que é hoje um dos principais opositores do procurador-geral da República

Reconduzido ao Conselho do MP, o professor de Direito Luiz Moreira virou a principal voz dissonante ao procurador-geral. Crítico do excesso e do poder conferido aos procuradores, ele pode atrapalhar os planos de Gurgel de emplacar seu sucessor.

Um dos protagonistas do julgamento do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enfrenta um ambiente diverso dentro da própria instituição comandada por ele. A voz dissonante é personificada pelo professor de direito Luiz Moreira.

No dia 6 de março, Moreira confirmou sua condição de representante da Câmara dos Deputados no Conselho Nacional do Ministério Público, órgão encarregado de controlar e fiscalizar a atividade do MP. Desde então, Gurgel, cujo mandato termina em agosto, anda inquieto.

Embora Moreira pretenda ficar longe da disputa entre os candidatos, dependendo do barulho que ele fizer, Gurgel pode ter seus planos de emplacar o sucessor no comando do MP Federal dificultados. A principal crítica de Moreira refere-se ao excesso de gastos promovidos pela atual gestão.

A mais recente acusação é de que o procurador-geral estaria preparando um aumento de 30% em subsídios, com a criação de auxílios-moradia e alimentação de R$ 900 por mês. “Esses benefícios irão aumentar em R$ 5 mil os vencimentos dos membros do Ministério Público, que assim passarão do teto constitucional de R$ 28.059”, critica o conselheiro.

Moreira atua na contracorrente do movimento de políticos, juristas e cidadãos que, a partir das denúncias de corrupção contra o governo Fernando Collor, levou à transformação do Ministério Público num organismo cada vez mais autônomo e poderoso. Para o professor especialista em teoria do estado e filosofia do direito, o crescimento do Ministério Público, acompanhado pela ampliação de poderes acumulados pelo Supremo Tribunal Federal, coloca em questão os fundamentos da Constituição-cidadã de 1988.

“A base da nossa Constituição é o voto popular e por isso ela privilegia os representantes eleitos pelo povo. A judicialização leva a uma República aristocrática, que privilegia decisões e concentra poderes entre os integrantes de um poder não eleito, o Judiciário”, afirma Moreira.

Como exemplo, ele recorda as intervenções recentes do Supremo no debate sobre royalties do petróleo, questionando decisão do Congresso. “A Constituição define que a deliberação se faça pelo Congresso”, diz.

Em outro exemplo, aponta a votação sobre a perda de mandatos dos parlamentares condenados no mensalão, decisão que, na opinião de vários juristas importantes, contraria o que dispõe o artigo 55 da Constituição.

Concorde-se ou não com a tese defendida por Moreira, o portentoso crescimento da instituição dirigida por Roberto Gurgel está amparado em fatos. Como conselheiro do MP, ele questiona com veemência esses números.

Por exemplo, o orçamento do Ministério Público da União, que incluiu as representações nos Estados, custa R$ 4,1 bilhões, e já é maior do que o do Senado Federal, de R$ 3,5 bilhões. Em dez anos, as despesas com pessoal cresceram 193%.

Avançando no sempre delicado terreno das garantias individuais, os procuradores federais, sob Gurgel, também adquiriram o Guardião, sistema de escuta telefônica privativo da Polícia Federal, que só pode utilizá-lo com autorização judicial.

Foi preciso uma decisão do Supremo para que abrissem mão do equipamento. Em alguns Estados, no entanto, o Ministério Público local ainda mantém a posse do Guardião. A desavença de Moreira com Gurgel tornou-se irremediável em 2010, quando ele denunciou que, em campanha pela recondução, o procurador-geral liberou uma espécie de presente aos seus subordinados entre R$ 60 mil e R$ 90 mil a título de benefícios atrasados.

Gurgel argumenta que a liberação tinha base legal. O detalhe é que os pagamentos saíram em duas parcelas, quando poderiam ter obedecido a prazos mais longos. Em 2011, uma nova parcela de atrasados custou R$ 150 milhões.

Amigo  pessoal do deputado petista José Genoino, um dos condenados pela Ação Penal 470, Moreira é dono de uma visão política que lhe garante a simpatia compulsória da maioria dos políticos sob investigação do Ministério Público e ajuda a explicar a facilidade com que seu nome foi aprovado nas duas Casas do Congresso. Mas o debate promovido por Moreira não gira em torno de interesses menores. A questão é doutrinária e envolve um entendimento político real.

Em posição contrária, o procurador Claudionor Mendonça dos Santos, de São Paulo, acredita que o Ministério Público e o Judiciário cumprem uma função política necessária, que consiste na punição de políticos numa sociedade que, conforme suas palavras, “está aquém do conceito amplo de cidadão”.

Tocando em pontos delicados empregados por cada eleitor para escolher seus candidatos, Mendonça dos Santos critica as escolhas de determinados eleitores: “Muitos ainda votam pela cesta básica, pela a camisa do time”.

 Para o procurador de São Paulo, “a sociedade tem todo o direito de saber se errou ao escolher aquele cidadão. É possível apontar o erro do voto.” Questionado se essa visão não encobre uma interferência externa na luta democrática entre partidos políticos, Mendonça dos Santos afirma que não vê “paternalismo” em sua postura.

Toda essa discussão sobre gastos, poderes e limites dos procuradores será inevitavelmente travada no Ministério Público quando a disputa pela sucessão de Gurgel começar para valer. Hoje, existiriam quatro candidatos. Quem baterá o martelo sobre o próximo comandante do Ministério Público Federal é a presidenta Dilma Rousseff.

Interessado em emplacar um nome ligado a ele, o procurador-geral já esteve em situação mais confortável. Hoje, além dos questionamentos internos, a Mesa do Senado examina dois pedidos de impeachment para afastá-lo do cargo antes do fim do mandato.

Num deles, o procurador é acusado de dirigir uma licitação para a compra de computadores com valor acima do mercado. Em outro, é acusado de, em parceria com o ex-presidente José Sarney, oferecer favores em troca de apoio político diante da denúncia de que deixara de investigar as ligações de Demóstenes Torres (DEM-GO) com Carlinhos Cachoeira.

Durante a campanha para escolha do sucessor do procurador-geral haverá outra questão relevante a ser debatida. É a PEC 37, emenda constitucional que retira do Ministério Público qualquer poder de investigação policial, devolvendo essas atribuições à polícia, como acontecia antes de 1988.

Apoiada pelos eficientes lobistas das diversas polícias em atividade no Congresso, a PEC 37 ganha força toda vez que os parlamentares se sentem desprestigiados pelos procuradores. Eles têm apoio de grande parte dos prefeitos dos maiores municípios do País, que acusam o Ministério Público de criar entraves a sua gestão a partir de medidas judiciais que apenas escondem divergências políticas.

Embora seja um crítico duro dos procuradores, Luiz Moreira acha que é preciso encontrar uma solução intermediária. “Não é recomendável que uma só instituição tenha todo poder de investigar um crime. O mais saudável é que haja uma colaboração entre procuradores e policiais, com cada área preservando sua competência específica. Se não é certo dar todo poder ao Ministério Público, também não se pode deixar tudo nas mãos da polícia. A experiência mostra que isso não funciona”, avalia.

Ao menos um tema parece ser consenso entre candidatos que disputam o posto de Gurgel. Nenhum deles propõe diminuir os atuais benefícios dos procuradores, nem mesmo as férias de 60 dias, herança do Judiciário. Quando a Lei de Transparência obrigou o Executivo e o Legislativo a abrir os vencimentos de todos os seus integrantes, o MP entrou na Justiça para deixar os procuradores fora da obrigação.

Foi atendido. “O Ministério Público não oferece à sociedade a transparência que cobra de outros setores,” critica Moreira.

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Dengue lota centros de saúde e foge ao controle no Estado

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Em uma única rua de dois quarteirões do Conjunto Água Branca, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, pelo menos 20 moradores estão com dengue ou com suspeita da doença. Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Barreiro, na capital, outras 155 pessoas procuraram o local, só até as 17h de ontem, com sintomas característicos da enfermidade. Os números mostram que o problema fugiu ao controle em todo o Estado e ganha proporções de epidemia, na visão de especialistas.

Só na capital, já foram confirmados 4.215 casos de dengue, sendo que, em todo o ano passado, foram 585 registros, um aumento de 620%, de acordo com o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). A situação não é diferente em Minas, onde 93.184 pessoas já foram notificadas com a doença, segundo relatório da semana passada, o que representa quase o dobro do total de 2012 – 46.681. A quantidade de mortes também é crescente: foram 23 de janeiro até o último dia 14, contra 18 óbitos nos 12 meses do ano passado.

Para o membro da diretoria da Sociedade Mineira de Infectologia Estevão Urbano, os números sinalizam um estado de descontrole da dengue no Estado. “Tudo leva a crer que estamos diante de uma epidemia, cabendo ao poder público confirmar”, disse Urbano. Ele atribui o problema a vários fatores, como a ineficiência da prevenção e a negligência da população. “Os dados mostram que as pessoas continuam armazenando água em casa”.

Outro grande vilão apontado pelas autoridades de saúde municipal e estadual é a entrada da dengue tipo 4 no Estado. O vírus não aparecia há 30 anos em Minas, o que torna a população mais suscetível à doença por falta de imunidade. Levantamento da SMSA identificou a presença predominante da dengue 4 em 60% dos casos analisados.

“Três fatores têm levado à maior possibilidade de transmissão: o novo vírus que está circulando, a presença do mosquito nas residências e a população que está mais suscetível”, avaliou a infectologista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Marise Fonseca. Já o secretário municipal adjunto de Saúde da capital, Fabiano Pimenta Júnior, prefere não falar em epidemia. “Estamos vivendo um estado de alerta, e a nossa preocupação maior é garantir o acesso aos serviços de saúde”, disse.

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Jovem é executado em uma mata no bairro Granjas Primavera, em Ribeirão das Neves

A polícia procura por suspeitos de terem executado uma pessoa na noite desta quinta-feira (21) no bairro Granjas Primavera, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Conforme informações dos militares do 40º Batalhão de Polícia Militar, testemunhas relataram que um grupo de pessoas levaram a vítima para um matagal e efetuaram vários disparos.

Nenhuma pessoas informou à polícia como os criminosos deixaram o local. A corporação também não soube falar sobre a motivação do crime. O corpo da vítima será levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.

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Dilma relembra prisão na ditadura e diz que atualmente ‘Brasil é ótimo’

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A presidente Dilma Rousseff relembrou nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva após o anúncio de medidas de proteção ao consumidor, o período em que esteve presa em plena ditadura militar. Ao ser questionada sobre críticas que o governo vem recebendo de alguns setores, a presidente fez uma análise do tempo em que, segundo ela, não era possível criticar. “Eu, presidente da República, estive presa ali ao lado. Agora eu, presidente da República, conseguia conviver perfeitamente com o barulho das manifestações e achar que era absolutamente natural”, disse.

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Reflexiva, Dilma contou que durante evento em que participou no recém inaugurado Museu de Arte do Rio (MAR), reconheceu o local onde esteve presa durante a ditadura militar. “Outro dia eu estava lá no MAR, no Rio, eu estava em uma cerimônia e tinha três reivindicações ocorrendo. Era um barulho bastante elevado, porque o MAR é aquele museu maravilhoso, que fizeram lá no Rio de Janeiro. E, ao lado do MAR – a vida é engraçada -, eu olhei para o prédio e não vi nada, mas lá de cima eu olhei para baixo e falei: ‘conheço esse pátio’. O pátio era o pátio da Polícia Federal onde eu estive presa”, relembrou, completando logo em seguida: “Então eu pensei assim, que esse Brasil é ótimo”.

Dilma lamentou o período de restrição dos direitos em que viveu, mas se mostrou otimista com a atual realidade. “Que mostra que ao longo da minha vida pessoal, o que é difícil ao longo da vida de uma pessoa humana, eu assisti à ditadura. E a maior democracia na América Latina eu vi nascer nessa terra”, concluiu.

Em junho do ano passado, o Jornal Estado de Minas revelou, com exclusividade, que além do Rio e de São Paulo, como se pensava, a presidente Dilma também foi torturada nos porões da ditadura em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira. Em Minas, ela foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária. É o que revelaram documentos obtidos com exclusividade pelo jornal, que até então mofavam na última sala do Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG). As instalações do conselho ocupam o quinto andar do Edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte. Um tanto decadente, sujeito a incêndios e infiltrações, o velho Maletta foi reduto da militância estudantil nas décadas de 1960 e 70.

Na época, ao comentar a reportagem do Estado de Minas sobre a tortura que sofreu em Juiz de Fora (MG), a presidente aproveitou para pregar o fim da tortura policial ainda existente no Brasil: “Venho dando depoimentos ao longo da minha vida. Alguns te asseguro muito difíceis. E este país evoluiu muito. E tem que evoluir mais, porque os depoimentos difíceis têm que ser eliminados em todas as esferas, inclusive na atividade da polícia, em geral”, afirmou.

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PSB vai lançar Márcio Lacerda a governador de Mina

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Por essa o PSDB do presidenciável Aécio Neves não esperava. É por Minas Gerais, num evento com data ainda a ser marcada, que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pretende começar seus eventos públicos de pré-campanha presidencial com vistas a 2014.

Com seu partido, o PSB, na mão, ao contrário de Aécio, que ainda não encontrou a unidade necessária entre os tucanos para se sentir seguro a lançar oficialmente sua candidatura, Campos já convence os analistas políticos de que está alguns quilômetros à frente de Aécio na intenção de ambos chegarem a 2014 como maior personificação da oposição ao governo Dilma. E isso, mesmo sendo o PSB uma agremiação amarrada, até aqui, à base aliada da administração federal.

Em Minas, Campos já combina com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, também do PSB, um evento de inauguração de obra em que possa estar ao lado dele, associando-se à realização. Para 2014, de acordo com os planos do presidenciável socialista, Lacerda deverá concorrer ao governo do Estado, dando-lhe um palanque forte para sua própria campanha ao Palácio do Planalto.

Ao mesmo tempo em que, com isso, fincaria uma estaca no coração do segundo maior colégio eleitoral do País, Campos também barraria a intenção de Aécio de contar com Lacerda como seu apoiador na corrida presidencial. Nas contas do tucano, o prefeito de BH é seu aliado, a quem apoiou na eleição e na reeleição na cidade, mas parece que Campos não foi avisado sobre essa verdade universal. E pretende fazer diferente.

Para o atual avanço visível de Campos sobre Aécio conta, é claro, a postura pragmática do próprio governador. “Eu converso com todo mundo”, disse ele na semana passada. “Da direita à esquerda, com todos”.

Entre as conquistas mais recentes do governador, fruto dessa posição, estão uma entidade, a Força Sindical, que divide com a CUT ligada ao PT a hegemonia no movimento sindical, e uma personalidade de expressão nacional, sempre que pode metida em questões políticas: o artista baiano Caetano Veloso.

“Não posso deixar de pensar em Eduardo Campos e na seriedade política de Pernabuco”, registrou Caetano, que usou sua coluna dominical no jornal O Globo para a profissão de fé no governador.

Inicialmente, o PSDB considerava, pelo trânsito de Aécio e seu patrono, o ex-presidente Fernando Henrique, entre intelectuais, que a parcela não petista da classe artística apoiaria os tucanos por decantação. Mas está se vendo que não é bem assim.

A partir do Palácio das Princesas, Campos tem recebido visitas de políticos de todo o Brasil, interessados em conhecer seus planos. Sua estratégia está longe de ser ingênua. A questão de um mês, quando o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, declarou que a legenda estava pronta a romper com o governo, Campos saiu a campo em seguida para afirmar que o calendário eleitoral estaria muito adiantado.

“Antes da política há muito trabalho a fazer”, disse ele, jogando água fria na fervura e aparecendo como homem preocupado com questões objetivas em lugar das ambições pessoais.

Mantendo sua amizade pessoal e lealdade política ao ex-presidente Lula, Campos, ao mesmo tempo, não demonstra pressa em ter um encontro com o próprio Lula, que vai sendo adiado desde o ano passado. A conversa, afinal, pode ser definitiva, e não interessa ao governador pernambucano, agora, cortar as pontes com o governo federal.

Isso, de resto, custaria dezenas de cargos na máquina federal aos militantes da elite do PSB. Pra que brigar antes da hora, pergunta ele? A seu favor, neste sentido, está também o fato de que, mesmo sustentando o governo, o PSB vai assumindo cada vez mais as feições de partido de oposição.

Não a oposição que diz que ‘nada do que está aí presta’, como tenta fazer, ao seu modo o PSDB, mas aquele que, por ser aliada, pode reconhecer qualidades no popularíssimo governo Dilma e tem condições de aparecer ao público com uma agenda positiva, de consertar o que está errado e preservar os acertos.

Com jeitinho, Campos está se mostrando, até aqui, muito mais mineiro que Aécio em dizer que não é, mas é candidato. Informações Brasil 247 .

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Desembargadores iniciam a remoção de censura ao Novojornal

Há mais de três anos, devido diversas decisões do TJMG, o Novojornal vem sendo impedido de publicar matérias relatando fatos e citar o nome de diversos empresários, juízes, desembargadores e principalmente ocupantes de cargos no Governo de Minas Gerais.

A insatisfação com o comportamento adotado pelos que procuraram a justiça mineira apenas para impedir a publicação de matérias que os contrariavam acabou por gerar uma discussão entre integrantes do TJMG que viam neste fato uma anomalia judicial.

O próprio CNJ já havia advertido a direção do TJMG sobre os abusos que vinham sendo praticados contra o Novojornal, onde a parte, em busca da censura, ajuizava uma ação e após conseguir a Antecipação de Tutela não movimentavam o processo tão pouco juntavam provas, do alegado dano a imagem e falsidade do noticiado.

Criou-se uma verdadeira central de censura estranhamente instalada no departamento jurídico da AMAGIS, associação que congrega os magistrados de Minas Gerais. Segundo uma advogada integrante do esquema, procurado por nosso repórter como se fosse um cliente em busca de censura, disse;

“Somos especialistas nesta área do direito. temos conseguido quase 100% de vitória, impedindo que oNovojornal publique matéria e cite diversas autoridades”.

Cópia da gravação da conversa entre nosso repórter e a advogada foi entregue ano passado a então presidente do CNJ, Eliane Calmon, que instaurou um procedimento investigatório. Constatou-se que tão logo a reportagem do Novojornal, consultava como determina a lei quem seria citado em uma matéria para ouvir sua versão sobre o que seria noticiado, em menos de24 horas uma ação era ajuizada e a cautelar concedida.

Segundo apurou-se, o esquema montado na AMAGIS, (associação que nada tinha a ver com o que ocorria), seria comandado por um desembargador do TJMG, que o Novojornal encontra-se ainda impedido de citar seu nome. Inclusive o mesmo teve que dar-se por impedido em participar do julgamento que revogou a censura imposta ao Novojornal em relação a Alexandre Silveira.

A intervenção do Governo de Minas foi tamanha que Andréa Neves chegou a mediar uma troca de correspondência entre o presidente da ABI, Mauricio Azedo, e o presidente  da AMB, Henrique Nelson Calandra, contradizendo o que assinara meses antes em relação a censura imposta ao Novojornal

Esta iniciativa ocorrera no intuito de justificar diversas decisões que seriam tomadas pelo TJMG e foram abortadas depois de denunciado o fato com a publicação da matéria; “PSDB compra franquia da ABI em Minas Gerais”

Ano passado, o deputado Carlos Mosconi( PSDB), acusado de comandar a “Máfia do Tráfico de Órgãos”, já tentara, sem sucesso, adotar o procedimento de censura via decisão judicial para impedir que fosse publicado a matéria sobre o assunto pelo Novojornal.

Agora, a segunda instância do TJMG revogou a antecipação de tutela concedida ao Secretário Estadual Alexandre Silveira, investigado por envolvimento  no esquema da Construtora Delta, do contraventor Carlos Cachoeira e na Gangue dos Castros.

Em seu voto, o Desembargador Álvares Cabral da Silva afirmou;

“Para a concessão da antecipação de tutela, como se caracteriza o pleito liminar principal Agravado, o artigo 273 do codex processual civil exige a prova inequívoca das alegações do autor, bem como a verossimilhança da alegação expendida, cumulando-a com o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou o abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu”.

“A prova inequívoca, a meu sentir e ver, é aquela translúcida, evidente, a qual apresenta grau de convencimento tal que seja até mesmo dificultoso levantar-se dúvida razoável, eqüivalendo, em última análise, a verossimilhança da alegação, mormente no tocante ao direito subjetivo que a parte queira preservar”.

“Quanto à prova inequívoca, a natureza cautelar do pedido de antecipação de tutela exige que se faça uma mitigação de sua caracterização. Na hipótese, como se observa, não restou comprovada a prova inequívoca, mormente por toda documentação acostada aos autos pelo agravado, comprovando que sua manifestação tem respaldo em dados existente e de livre acesso a qualquer cidadão.”

“Feitas tais considerações, passemos à análise do presente caso. Cinge-se o objeto da ação a notícia publicada em sítio eletrônico que noticiou atuação suspeita da parte autora, junto aos interesses da fazenda pública. Cabe, portanto, perquirir se as notícias veiculadas com base na liberdade de imprensa feriu a honra e a imagem da parte autora, possibilitando-lhe compensação por danos morais.

Colidem os princípios pertinentes à liberdade de expressão e pensamento e à proteção à honra e à intimidade, cabendo no momento o estabelecimento dos pressupostos fáticos necessários à prevalência de ambos no caso concreto.

Este balizamento consistente na otimização da incidência destes princípios, na jurisprudência, possui adequado procedimento de solução. Edilson Pereira de Farias, na obra supra citada, assim dispôs sobre a questão:

Na verdade, em geral, os tribunais constitucionais têm adotado o critério formulado pela Supreme Court dos Estados Unidos da Améruica do Norte da preferred position em abastrato da liberdade de expressão e informação, quando em pugna com os aludidos direitos da personalidade, em razão da valoração dessa liberdade como condição indispensável para funcionamento de suma sociedade aberta. Todavia, antes de proceder no caso concreto ao balancing of interest, a Supreme Court Americana verifica se o exercício da liberdade de expressão e informação está dentro do marco traçado para a sua forma lícita de ação.

Nesse passo, estabelece os seguintes critérios: (1) o público (assuntos ou sujeitos públicos) deve ser separado do privado (assuntos ou sujeitos privados), essencialmente em razão da função social que a liberdade de expressão e informação desempenha na sociedade democrática: a serviço da opinião pública livre e pluralista, do controle do Poder Público, do debate público. Assim, não há razão para a valoração preferente da liberdade de expressão e informação, quando essa liberdade se referir ao âmbito inter privato dos assuntos ou sujeitos. (2) Examina o referido limite interno da veracidade que conforma a liberdade de expressão e informação, ou seja, a atitude diligente do comunicador no sentido de produzir uma notícia correta e honesta. Assim, a informação que revela manifesto desprezo pela verdade ou falsidade não tem preferência, uma vez que não cumpre a relevante função social confiada à liberdade de expressão e informação. (op. cit., p. 175/176)

No caso em estudo, as notícias veiculadas no periódico são de interesse público na medida em que versam sobre o eventual desvio de verba e possível recebimento de vantagem indevida por parte do agravante.

Não pode ser olvidado que aqueles que cuidam da coisa pública ou de algum modo se relacionam com ela estão, ficam expostos a fiscalização dos órgãos que possuem precipuamente essa função, tais como câmara municipal, tribunal de contas e Ministério Público, bem como da imprensa que inegavelmente tem papel essencial na efetivação desse controle e, também, a população em geral e das entidades por ela criadas. Isso se deve aos princípios da moralidade e impessoalidade que informam, respectivamente, que o agente público ao agir deve distinguir, não apenas entre o legal e ilegal, conveniente e inconveniente, oportuno e inoportuno, mas, também, entre o honesto e o desoneto, sendo essa noção a que é tida pela sociedade com aceita, não decorrendo, portanto, da convicção intima do agente público; bem como que os atos administrativos não podem ser praticados de forma a privilegiar amigos ou interesses próprios e, tão pouco, perseguir, prejudicar desafetos.

Assim, a concretização de tal fiscalização, consubstanciada no dever de informar, inerente a impressa, implica, não raro na publicação de notícias que desagradam interesses de muitos daqueles que atuam em face ao Estado de maneira direta ou indireta, todavia, isso não implica na configuração de lesão a sua honra ou moral.

Ao assumir o relacionamento com o Estado essas pessoas naturalmente se expõem, havendo a mitigação de seus direitos individuais em primazia dos interesses públicos.

Claro que o acima exposto não autoriza a adoção de medidas que humilhem, ofendam, denigram de maneira injustificada ou que ultrapassem o dever de informar.

No caso, como se pode averiguar por meio do caderno probatório erigido nos autos, houve a instauração de atos diversos de investigação da conduta do agravante, atos que, por si só, demonstram que as notícias veiculadas pela parte ré não eram de um todo infundadas, havendo presunção que ampara e justifica a publicação. Apesar das palavras fortes utilizadas nas reportagens, no contexto das notícias, elas não extrapolam os limites da informação, logo, não caracterizam o implemento de qualquer ato ilícito e, conseqüentemente, de dano de cunho imaterial.

É necessário que se saiba que não é possível que em um Estado Democrático de Direito, venha a impressa a ser tolida em seu mister de bem informar a opinião pública, pois poderoso coadjuvenate para a efetivação da cidadania, não sendo possível ou crível que venha o judiciário obstacularizar esse dever, o que seria absolutamente pernicioso a qualquer regime jurídico de direito. Não de pode permitir qualquer tentativa de amordaçar a imprensa livre, que deve ser exercida nos limites do dever de informar”.

Acórdão proferido pelo Desembargador Álvares Cabral da Silva

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MPMG pode obrigar o Governo do Estado a intervir nas empresas de ônibus da RMBH para manter em operação o serviço essencial de transporte de passageiros

A exemplo do ocorrido no último dia 22/02 em Brasília, onde, por decreto, o governo do DF instituiu a intervenção em parte do sistema de transporte público coletivo de Brasília, assumindo o controle, a administração e a operação das empresas Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília, está prestes a ocorrer nas empresas de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizontes.

Em Brasília, para promover a medida o governo preparou uma operação diretamente coordenada pelo governador Agnelo Queiroz (PT) e pelo vice Tadeu Filippelli (PMDB). Acompanhados por policiais, técnicos e analistas do DFTrans e da Secretaria de Transportes assumiram a administração das empresas que transportam 100 mil passageiros por dia, são mais de 2,2 milhões por mês.

A operação das linhas ficou a cargo da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), presidida por Carlos Alberto Koch, com o aproveitamento da frota, estrutura e pessoal das três permissionárias privadas. Cobradores e motoristas foram mantidos, mas o governo terá o controle do fluxo de caixa, da arrecadação e da parte administrativa.

A frota de ônibus da RMBH administrada pelo DER-MG é constituída de 2.880 veículos, com idade média de 10 anos. São 736 linhas transportando 21,4 milhões de passageiros mensalmente, que se deslocam entre os 34 municípios da região metropolitana de Belo Horizonte. A insatisfação dos usuários com o atendimento das linhas tem sido escondida pela mídia e quando noticiada sempre aparecem como se fossem atos de vândalos.

As empresas desrespeitam sem qualquer punição as regras do Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte e o governo apresenta como solução a construção de estações como se fosse o embarque e desembarque o principal problema. Com esta medida o governo atende apenas o interesse de grupos econômicos, pois a construção e exploração destas estações transformaram-se em um grande negócio.

Segundo um especialista da área de transporte consultado por Novojornal, a rotina de atrasos, superlotação e uso de veículos com idade avançada, provocando desconforto, riscos e prejuízos diários, além da inexistência do número mínimo de veículos em operação nas linhas justificam a intervenção para fazer valer as obrigações das permissionárias que vêm sendo descumpridas sistematicamente há anos, tornando-as campeãs em reclamações de passageiros de ônibus, principalmente em relação a Ribeirão das Neves e Contagem.

A avaliação do especialista consultado é de que o descumprimento pelas permissionárias de diversas obrigações, entre elas a de manter em operação uma frota nova e com pelo menos 90% dos ônibus empenhados nas linhas, vem sendo descumprida. “Algumas linhas vêm operando com menos de 60% da frota prevista e com veículos em condições precárias e podem a qualquer momento provocar um colapso no sistema, com uma reação popular de consequências inimagináveis, quebradeira gera”l.

Para ele, tem-se que levar em conta que ao se fazer o calculo da tarifa a ser paga pelos usuários pelo serviço de transporte aos concessionários, leva-se em conta veículos novos e em número correspondente ao empenhado. O não cumprimento das regras estabelecidas na base de cálculos demonstra que as empresas vêm se apropriando há anos de valores indevidos com a omissão e até mesmo cumplicidade do Poder público.

 Porém, segundo ele, se depender apenas da vontade do Governo de Minas Gerais, sem que seja obrigado pelo Ministério Público, isto não será resolvido, tão pouco aposta na possível intervenção.  Fundamentando sua afirmação: “A grande maioria das empresas de ônibus que operam na RMBH tem como sócio oculto diversos políticos, seja do governo sejam da oposição, sem dizer que os dirigentes do DER-MG que administram as linhas são sabidamente indicados pelos concessionários”.

Prosseguindo, conclui: “Como todos sabem não existe almoço de graça. A origem dos recursos gastos na comprovada participação financeira dos donos de empresas de ônibus nas campanhas políticas, além do famoso caixinha que já merecia ter sido investigado, tem origem no recebimento pelas empresas da diferença entre o previsto na planilha de cálculos tarifário e o realmente executado”.
Em Brasília, o governador Agnelo Queiroz informou:

“O governo não vai permitir que a população seja penalizada, ficando sem transporte diário. Agimos agora, de forma firme, com respaldo jurídico, para assegurar a operação das linhas que estavam sob a responsabilidade dessas empresas, da mesma forma que agimos no início do governo para retomar o controle da bilhetagem eletrônica”.

A decisão em Brasília foi amadurecida nos últimos meses. Em julho do ano passado, as empresas firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o DFTrans, intermediado pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e pela Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O acordo foi totalmente descumprido.

Consultados por Novojornal, o sindicato das empresas, as empresas e o DER-MG optaram por não comentar as acusações, sabe-se apenas que o Ministério Público de Minas Gerais está preparando uma pesada ofensiva para por fim a esta inexplicável relação entre o Governo de Minas e os donos de ônibus.

Fonte:novojornal
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